Os servidores e servidoras, representantes dos locais de trabalho do serviço público municipal, que participaram da reunião mensal da categoria nessa sexta-feira, 12, no auditório do Sindicato SerToledo estão revoltados e indignados com as novas regras da reestruturação do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Toledo.
A reunião, que teve uma extensa pauta, com destaque para a reestruturação do Regime de Previdência, foi conduzida pela Secretária-Geral do SerToledo, Marlene da Silva, que esclareceu a todos os presentes as mudanças na reforma da previdência: regra de transição por pontos, regra de transição por pedágio, regra permanente-novos servidores e servidoras. As novas regras, se aprovadas, serão para professores e funcionários públicos do quadro geral.
A professora Joelma dos Santos Silva, que tem 47 anos de idade e 16 anos de contribuição, que com a regra atual trabalharia mais nove anos, com a novas regras por pontos proposta pela gestão pública, terá que trabalhar aproximadamente mais 18 anos. Marlene da Silva utilizou um caso real, para demonstrar os prejuízos dessa reforma. “Se em janeiro de 2022, a Joelma tivesse 52 anos e 25 anos de contribuição, somaria 77 pontos. Nesse caso, ela não poderia se aposentar. Para ela chegar aos 81 pontos terá que trabalhar aproximadamente 18 anos a mais. Porém, ainda não ficará nestes 18 anos, ela terá que acompanhar os pontos”.
Joelma dos Santos disse que os servidores não podem permitir esta reforma da previdência. “Estou revoltada, não podemos permitir isso, se não estaremos nos negligenciando. Estão colocando a culpa do déficit do Fapes nas nossas costas. Vamos levar estas informações para os locais de trabalho”.
O psicólogo Rodrigo Assufii Dallanol, 35 anos, 15 anos de contribuição, que se enquadra no quadro geral, com as regras atuais precisaria de 20 anos de contribuição para fechar os 35, mas com a regra nova do pedágio, ele terá que contribuir aproximadamente 40 anos. “As novas regras não são nada animadoras, e terei que acumular um total de 105 pontos para me aposentar”.
Os representantes dos locais de trabalho do serviço público municipal quiseram saber de que maneira eles irão mobilizar os demais servidores a participarem da paralisação do dia 22 de novembro durante todo o dia, em frente à prefeitura. Marlene da Silva disse que a previdência é de todos. “É preciso convencer os servidores que este momento é de união. Ou todos vão, ou todos vão perder. Todos devem participar, mas quem não quiser estar em frente à prefeitura, que bata o ponto e vá para casa, e terá o mesmo desconto do dia de trabalho de todo o mundo. Claro, o SerToledo vai negociar com município para que não haja desconto na folha de pagamento, por isso, é importante que os participantes da mobilização assinem a lista de presença”, afirma a Secretária-Geral.
Fonte: Assessoria de Imprensa do SerToledo