Dos 6.443 imóveis rurais de Toledo, 1.062 produzem diversificadamente em até 10 ha. Para comemorar a 101ª edição internacional do Dia “C”, pela terceira vez esse colunista reuniu os dirigentes das cooperativas de Toledo, com a única intenção de mostrar as ações que focam um mundo melhor e mais “humano”.
O “cooperativismo” se diferencia, pois tem seus princípios numa base de valores partilhados, centrados no ser humano, na autoajuda, na igualdade, na equidade e solidariedade com objetivos de responsabilidade social, de cuidar do outros e construir um mundo melhor.
Os motivos dessa entrevista ao vivo na Gazeta de Toledo, se fizeram necessários devido aos números abaixo relacionados, que levaram Toledo a conquistar pela 10ª vez o maior VBP do Paraná: R$ 4.290 bilhões.
Toledo possui hoje 6.443 imóveis rurais;
- 2.983 possui até 10 ha;
- 1.627 possui acima de 20 ha;
- 1.062 são pequenos produtores (até 3 há – DAPs);
- 53% da produção de alimentos vêm das nossas cooperativas;
- 71% das cooperativas são formadas por pequenos produtores.
Juntos, esses produtores, em sua maioria cooperados dessa ou daquela cooperativa, movimentaram os valores de R$ 4,290 bilhões, sendo que parte desses valores são aplicados na geração de empregos, sustentabilidade e, sem sombras de dúvidas, no social.
Irei replicar algumas falas dos entrevistados, e ao final tem o link da entrevista por completo.
Anderson Leo Sabadin – Primato: “Acredito que a gente não tem noção do pertencimento que gera uma cooperativa. Esse pertencimento precisamos levar para os jovens. Me assusta, como dirigente de uma cooperativa, que temos 20 e poucos colégios e sete aceitaram, é assustador. Temos que olhar isso enquanto oportunidade. Como não trabalhamos o cooperativismo dentro de aula de aula, do município?”.
Julcemar Mierzwinski – Cresol: “Este ano pensamos um pouquinho diferente, agradecimento enorme a esse time de presidentes, nós levantamos alguns temas e agradeço por vocês terem aprovado para trabalhamos nessa questão deste ano. Por que desse tema? Nós das cooperativas falamos tanto de sucessão familiar nas empresas e agricultura, e as pessoas estão ficando idosas, e os filhos, muitos não querem, talvez, assumirem as atividades”.
Dr. Orlei Campagnollo – Uniprime: “A coordenação do Dia C, este ano cabe a Cresol, a história começo lá na Primato, que proveu tempos atrás um encontro de políticos, era época de eleição. E os deputados iriam trazer as suas plataformas. No ano seguinte, quando teve o Dia C, eu disse que era legal essa iniciativa da Primato. Em vez de cada cooperativa fazer isoladamente sua ação, vamos unir as cooperativas”.
Christian Floriano e Silva – Unimed: “Somos uma região que depende muito do agro, que reflete dentro de nossas casas. O produtor tendo um trabalho e financiamento adequados, ele consegue movimentar toda a economia local. Isso reflete na área da saúde principalmente”.
Marcelo José Figueiredo – Unicred: “A Unicred acompanha bem de perto o agronegócio, porque, principalmente no Oeste, movimenta toda uma cadeia dentro da cidade. De repente um construtor não consegue vender a sua casa, porque o produtor rural está preocupado; se vende o insumo na hora certa, ou não vende. O comerciante também depende muito do agro”.
Cirio Kunzler – Sicredi: “Hoje, somente poderemos liberar crédito com ESG, ou sustentável, isso é fundamental. Quando precisamos dobrar a produção de animais na região, como faremos isso se não tivermos outros projetos sustentáveis que possam ser usados? É fundamental olhamos para a questão do dejeto animal e carcaça”.
Deputado federal Dilceu Sperafico: “O Plano Safra com os recursos vai dar para atender sim os anseios principais dos associados e também do setor produtivo, aqui de modo especial, da nossa região. Os grandes produtores do Brasil não têm essa condição de estar recebendo custeio suficiente, eles têm outro sistema de financiamento de suas propriedades”.
Assista na íntegra a entrevista do programa Gente & Poder realizada no sábado (01/07):
