Saúde de Toledo faz alerta devido à baixa procura pelas vacinas contra Covid-19, Influenza, Poliomielite e Sarampo. Foto: arquivo/Carlos Rodrigues

Por Marcos Antonio Santos

No último sábado, dia 13, a Secretaria de Saúde de Toledo iniciaria o monitoramento das carteirinhas de vacinação da população infantil. No entanto, devido às condições meteorológicas adversas e à previsão de chuva, a ação foi adiada para este sábado, dia 20.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Paula Franciele da Silva, explicou que, devido à sensação de insegurança, à ausência de pessoas próximas com doenças controladas ou erradicadas, e às fake news, a cobertura vacinal das vacinas disponíveis na saúde pública está baixa.

Ela confirmou que haverá um monitoramento rápido da pólio e do sarampo. “Durante este monitoramento rápido, as equipes de saúde visitarão os domicílios para verificar a situação vacinal das pessoas. Gostaríamos que a população recebesse as equipes e deixasse o cartão de vacinação disponível. Se não estiverem em casa, pedimos que deixem uma autorização permitindo que a criança seja vacinada”, menciona Paula Franciele.

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COVID-19 – A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Toledo, Thais Schmidt Vitali Hermes, disse que observaram, ao longo dos últimos anos, uma queda nas coberturas vacinais em geral. “Para algumas vacinas em específico, como a da Covid-19, observamos que a procura da população está extremamente baixa. A partir de maio deste ano, temos disponível um novo imunizante, que é a vacina da Moderna, do fabricante Moderna, que está disponível para os grupos prioritários e para as crianças. A partir de janeiro de 2024, essa vacina entrou no calendário nacional de vacinação e se tornou obrigatória para as crianças de seis meses a menores de cinco anos. As crianças devem receber duas doses dessa vacina. E os grupos prioritários, como idosos, gestantes e puérperas, também têm direito a essa vacina a cada seis meses, uma dose de reforço. Para os pacientes imunodeprimidos, a dose de reforço também é a cada seis meses. Já para os pacientes que possuem comorbidades, como pressão alta, diabetes, obesidade e doenças cardíacas ou pulmonares, a dose de reforço é anual. E cada vez menos a população tem procurado pela vacina da Covid-19. Essa nova vacina protege contra a variante Ômicron, que é a variante com maior circulação hoje na nossa região e no país”, afirma.

COBERTURA NÃO CHEGOU AOS 50% – Conforme Thais, nesta época do ano, há um aumento significativo das doenças respiratórias, entre elas a Covid-19 e também a influenza. “Este ano o Ministério da Saúde antecipou a campanha da influenza, que começou em março, para que a população dos grupos prioritários se imunizasse antes do inverno, visando diminuir a circulação dos vírus respiratórios. Como a dengue estava muito intensa, os serviços de saúde já estavam superlotados e não queríamos sobrecarregar ainda mais os serviços com os vírus respiratórios. A vacina da influenza já foi disponibilizada para toda a população, pois a adesão dos grupos prioritários foi baixa. E agora, mesmo liberada para toda a população, nossa cobertura ainda não chegou aos 50%. Isso nos causa grande preocupação, pois a influenza tem hospitalizado muitos pacientes e causado muitos óbitos. Temos o vírus da influenza H1N1, da pandemia de 2009, circulando, bem como o H3N2, que são os subtipos que a vacina protege. A vacina da influenza é segura e está disponível há quase 15 anos para a população. Basta procurar a Unidade de Saúde. A vacina está disponível em todas as UBSs. Os pais responsáveis podem aproveitar o período de férias escolares das crianças e adolescentes para levá-los à Unidade de Saúde e receber a vacina da influenza, que ainda está disponível”, ressalta Thais Schmidt.