Foto: Gilson Abreu/AEN

Meu “urubu-HRT” está cabisbaixo, reflexo da insatisfação de enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos e médicos que ainda não receberam seus salários. Prometeram o pagamento para o dia 20, mas nada foi feito. Depois, asseguraram que seria no dia 25, e novamente, nada. Agora, só Deus sabe quando será, desabafou um eleitor a este jornalista. Um detalhe importante: alguns desses profissionais foram contratados há poucos meses, justamente para preencher vagas deixadas por colegas que também enfrentaram atrasos salariais e optaram por abandonar seus postos.

Denúncia Grave

Recebi da mesma fonte alguns prints de conversas envolvendo prestadores de serviços da empresa MSRV, com sede no Rio de Janeiro. Segundo as mensagens, a empresa estaria contratando trabalhadores de forma irregular, ou seja, atuando de maneira “fria”, sem o devido registro em carteira, conforme exige a CLT. Essa denúncia grave exige uma ação imediata dos órgãos competentes para fiscalização e apuração dos fatos, garantindo que os direitos trabalhistas sejam respeitados.

E os recursos, onde estão indo?

Os devidos leitores da Gazeta de Toledo devem estar se perguntando: Onde estão todos os recursos que foram e são destinados mensalmente ao HRT? Onde vai a grana que são cobrados de forma “irregular” como já denunciei aqui? Cadê nosso Ministério Público? Porque esses atrasos nos salários dos trabalhadores?

Irresponsabilidade

Não venham me dizer que os trabalhadores do IDEAS estão com seus salários em dia, enquanto apenas os “terceirizados” enfrentam atrasos. Afinal, independentemente da forma de contratação, a fonte pagadora é a mesma. Essa tentativa de separar os problemas não resolve a questão principal: a falta de responsabilidade na gestão financeira e no cumprimento dos compromissos com os profissionais que garantem o funcionamento do hospital.

Sobre o “desmame”

Um dos meus “urubus”, cobrou de forma veemente de o porquê, eu só citei as “tetas” denominadas “livros”, “condomínios”, “transportes”, “pedras lascão”, “treinamentos” e “diárias”, e, não citei a “teta” dos dólares? Aquelas páginas que vem do Paraguay e adjacências.

Sobre o “desmame” I

Me desculpe nobre ave fétida e penosa, mas, eu não sou perfeito, e só posso agradecer vocês por me lembrar.  Esqueci do esquema em dólares, mas, logo ele virá à tona da mesma forma que virá aquela “permuta” de um caminhão de imóveis trocado por uma grande vaca no jardim Taioba. Se alguém mais, souber de outras verdades, melhor, tetas que eu desconheça, por favor, me avisem que, posto aqui.

Sobre o “desmame” II

Há, já ia me esquecendo, também tem aquele “negocio/rolo/permuta/aprovação” de um terreno próximo do jardim da mata. Claro que já sabemos como ele foi parar na mão de um terceiro, que pagou R$ 100 mil no cash.  Dinheiro esse que foi parar a não de um candidato a vereador. Não posso citar o nome dele, sob pena de ele ficar 55 vezes ‘VERDE DE RAIVA” e quebrar os óculos, “verdes”.

Desrespeito

A falta de educação, respeito e caráter de um secretário chega ser vergonhoso para uma cidade como Toledo.  Um dos meus “urubus-licitação”, grunhiu-me que, uma empresa de fora de Toledo vencedora de uma licitação para prestar serviços teve seus trabalhos e sua equipe, ofendida grosseiramente por praticamente um “nada”, pelo tal secretário indicado pela ACIT. Quem ouvir os “áudios” (estão comigo), vai me criticar por eu ter escrito tão suavemente.

Logradouro “DUILIO GENARI”

Uma das melhores homenagens e reconhecimento foi feita pela atual gestão ao denominar  como sendo o  Centro Administrativo Municipal “Duílio Genari” a antiga sede do Grupo Muffato  no Jardim Taiobá.

O prédio está localizado na Avenida Maripá, onde funcionava a antiga loja do Super Muffato, será oficialmente denominado Centro Administrativo Municipal Duílio Genari. A sanção da Lei nº 2.845/2024, que confere o nome do espaço, foi realizada na manhã desta segunda-feira (25), em ato na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito.

A saúde no HRT em frangalhos: ecos do descaso

O que era para ser o reflexo de uma estrutura sólida, de cuidado e respeito pela vida, tornou-se um espetáculo lamentável de promessas quebradas e desrespeito com quem carrega o sistema de saúde nas costas. No HRT, o drama de trabalhadores que ainda não receberam seus salários é um grito abafado pela burocracia e pela indiferença dos gestores.

Os prazos mudam como o vento: primeiro o dia 20, depois o 25, agora um horizonte indefinido que pesa no bolso e na dignidade dos enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e tantos outros que mantêm o hospital funcionando. A frustração não é só pelo atraso, mas pelo ciclo vicioso de contratações emergenciais para tampar buracos deixados por quem já não suportou a falta de respeito.

As denúncias de contratações irregulares, apontadas pela atuação da MSRV, apenas agravam o cenário. Trabalhadores sem registro, sem segurança, sem direitos — o alicerce da saúde pública transformado em um terreno pantanoso onde as leis trabalhistas parecem ser mera sugestão.

E os recursos? Ah, os recursos. Pergunta que ecoa nos corredores da Gazeta de Toledo, nos cafés, nas filas dos bancos. Para onde vai o dinheiro destinado ao HRT? Quem fiscaliza? Quem responde por esse caos que já não é segredo para ninguém?

O que fica, no fim, é a sensação de irresponsabilidade crônica. O problema é sistêmico. A gestora IDEAS que deveria cuidar, acolher e prover parece perdida em um emaranhado de promessas vazias e prioridades mal estabelecidas.

Enquanto isso, os trabalhadores seguem, cabisbaixos, segurando uma estrutura que insiste em desabar, esperando que, um dia, a saúde deixe de ser um problema crônico para se tornar a solução que sempre deveria ter sido.