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Safra de Verão 23/24 na região Oesté é adiantada devido as condições climáticas

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O início do ano foi um pouco diferente para os agricultores da região Oeste do Paraná. Devido as condições climáticas, o ciclo da soja antecipou e de acordo com a área Técnica da Coamo, a colheita iniciou de 10 a 15 dias antes do planejado.

Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, esse cenário não é visto desde a safra 2018/2019. “O último ano que tivemos uma colheita bastante importante no mês de janeiro, foi há cinco anos, onde recebemos quase 20% de toda a soja dentro do mês. Esse ano já iniciamos o mês com grande recebimento em algumas regiões, em especial no Oeste paranaense”.

Na última segunda-feira, 7, o entreposto de Toledo recebeu 93 mil sacas na gerência já considerado um ritmo normal de safra. O que se observa nas unidades do Oeste é a grande quantidade de área que já está se aproximando da colheita, que vai acontecer dentro deste mês de janeiro. “A soja antecipou o período de colheita face às temperaturas elevadas nesse final de primavera e início de verão. Dias longos, com alta intensidade de sol e altas temperaturas realmente encurtam ciclos. Reflexo disso é o comprometimento das produtividades. Até agora, nas áreas colhidas, as produtividades estão dentro do esperado. Não é uma supersafra, mas são produtividades que podem ser consideradas médias, algo em torno de 55 a 65 sacas por hectare”.

PREVISÃO – O presidente avalia que a falta de chuvas pode prejudicar inclusive o plantio do milho segunda safra, que se inicia logo após a colheita da cultura atual. “Nós tínhamos uma previsão de chuvas que não está se concretizando. A cada dia que a gente observa e os boletins meteorológicos, elas estão se afastando e isso não é bom”.

Ainda segundo Galinari, para receber a safra, a Coamo faz todo o planejamento durante o ano anterior. De acordo com o presidente, existe uma preocupação muito grande com a acomodação das safras, haja vista que há uma sequência intensa. Se finda a safra de verão com soja e milho e inicia o milho segunda safra. Em seguida, vem o trigo, quando não acumula os dois. “Dificilmente nós temos um mês que não há recebimentos nas unidades da cooperativa. Então o planejamento logístico faz parte do dia a dia da Coamo. É uma grande preocupação, tanto da área Comercial em comercializar para atender esses meses de mais intensidade de ocupação das nossas instalações, como também das áreas de Logística, Transporte, Portuária, enfim, toda a área envolvida com a destinação final dos produtos”.

Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN

COMERCIALIZAÇÃO – Os últimos dias foram de queda no preço das commodities agrícolas, e vários fatores podem ter motivado essa baixa acentuada. No ponto de vista de Galinari, o que se acompanha no mercado é que há uma quebra na produção nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. “No Rio Grande do Sul há uma expectativa de um aumento até em relação à previsão inicial. No Paraná, alguma estabilidade, talvez uma pequena quebra. No Mato Grosso do Sul já se fala em uma quebra um pouco maior, no Mato Grosso já se fala em até 20% e em Goiás mais ou menos na mesma linha. E isso tudo levaria dos 163 milhões que a Conab previa no início do ciclo, para uma produtividade abaixo de 150 milhões de toneladas. Isso poderia trazer uma visão mais altista para preço, porém, em contrapartida, se fala numa produção maior na Argentina, de 25, no ano passado, para 48 milhões de toneladas. Ou seja, se quebrassem 15 milhões no Brasil, a Argentina, entrando com 23 a mais, quase que anularia”.

MERCADO – Galinari afirma que as commodities de modo geral acompanham um movimento mundial. E pode acontecer que haja uma necessidade temporária de pressão nos preços, mas a médio prazo não há nenhum sinal de que possa haver um movimento de alta nos preços. “Chicago tem caído fortemente nos últimos dias. O dólar também acompanhou um movimento de baixa e com a entrada antecipada da safra brasileira, o prêmio caiu fortemente. O comprador, sabendo que vai ter disponibilidade produto, ele tira o pé no momento da compra, e isso derruba os prêmios. Então é uma conjugação de fatores aí que o cenário, por enquanto, obrigou o mercado a praticar esses preços mais baixos”.

Fonte: assessoria Coamo

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