Após período de licença para uma agenda de visitas técnicas no exterior, o prefeito Mario Costenaro reassumiu o comando da Prefeitura de Toledo na manhã desta segunda-feira (18). Em pronunciamento, destacou o trabalho da equipe municipal durante sua ausência e agradeceu ao vice-prefeito Lúcio de Marchi pela condução “segura, equilibrada e responsável” do governo. Mario enfatizou a complementariedade entre ambos e reforçou a maturidade institucional das equipes administrativas e legislativas.
Cooperação institucional como eixo de gestão

O prefeito ressaltou que as experiências internacionais reforçaram um princípio central da atual administração: a cooperação entre instituições públicas, setor produtivo e sociedade civil. Segundo ele, cidades mais avançadas demonstram que resultados duradouros dependem de integração, planejamento e confiança entre os atores locais. Mario reiterou que Toledo tem buscado essa mesma lógica, valorizando equipes técnicas qualificadas e parcerias estruturadas.
Lições da educação e inovação na Alemanha e Finlândia
Costenaro mencionou análises feitas em modelos de educação e inovação observados em países como Alemanha e Finlândia. Destacou a participação comunitária nesses sistemas, a relação das instituições com o mercado e a importância de manter equilíbrio entre tecnologias, conteúdos básicos e práticas pedagógicas. Para o prefeito, as visitas reforçam tendências já adotadas em Toledo, especialmente no foco em pessoas, inovação a serviço da qualidade de vida e fortalecimento da identidade local.

Migração e políticas públicas modernas
O prefeito relatou que o impacto da migração na Europa gera efeitos diretos nos serviços públicos, infraestrutura e políticas de integração social. Observou que Toledo, embora em menor escala, também vive esse fenômeno e precisa manter atenção a programas de acolhimento, qualificação e inserção produtiva, em diálogo com empresas e entidades especializadas.
Tecnologia aplicada à gestão urbana
Entre os exemplos de inovação, Mario citou cidades que utilizam inteligência artificial para melhorar o atendimento de demandas urbanas, como denúncias de descarte irregular de resíduos. Para ele, experiências assim mostram caminhos para ampliar a eficiência dos serviços públicos, sempre com foco em respostas rápidas, fundamentadas e centradas no cidadão.
Agilidade e responsabilidade na gestão pública
Em sua fala, Costenaro reforçou a necessidade de que a administração municipal una agilidade, planejamento e rigor técnico. Afirmou que os gestores precisam lidar diariamente com demandas urgentes, sem perder de vista objetivos estratégicos. “Serviço público exige documentação, método e decisão responsável. A inovação não dispensa seriedade”, pontuou.
Comunicação como base do processo

O prefeito salientou que a comunicação clara e integrada é elemento essencial para que a população compreenda e participe das ações da administração. Destacou o papel da imprensa e da Secretaria de Comunicação na tarefa de traduzir projetos, explicar políticas e fortalecer a confiança pública. Mario reforçou que a comunicação interna entre secretarias deve ser igualmente sólida.
Compromisso com planejamento de longo prazo
Mario Costenaro afirmou que a gestão precisa “plantar sementes que talvez só sejam colhidas no futuro”, defendendo que inovação exige continuidade e visão de longo prazo. Fez apelo para que vaidades pessoais não interfiram no processo administrativo e reforçou que Toledo deve construir seu caminho baseada em planejamento, identidade local e coragem para avançar.
Toledo como cidade que se prepara para o futuro
Encerrando o pronunciamento, o prefeito afirmou confiar plenamente na equipe e na capacidade de Toledo de seguir crescendo. Disse que as viagens internacionais fornecem inspirações que confirmam acertos, alertam para ajustes e indicam caminhos. Reforçou que o desenvolvimento precisa incluir a população como protagonista, garantindo que todos se sintam parte da transformação da cidade.
Lúcio devolve o cargo e reforça a estabilidade da gestão

O vice-prefeito Lúcio de Marchi devolveu oficialmente a cadeira ao titular do Executivo, Mario Costenaro, após alguns dias no comando do município. Em um discurso leve e seguro, Lúcio afirmou que “ontem estava feliz e hoje continua feliz”, destacando que a transição temporária ocorreu com naturalidade e sem sobressaltos.
Durante sua fala, o vice-prefeito agradeceu secretários, diretoras, coordenadores e servidores pelo empenho cotidiano, reforçando que a equipe municipal é “muito bem entrosada, muito bem relacionada”. Segundo ele, esse alinhamento interno permitiu que o município seguisse seu ritmo mesmo durante a ausência do prefeito.
Lúcio recordou ainda comentários feitos na campanha eleitoral, quando muitos questionavam “quem era o Costenaro”, ressaltando que hoje a resposta aparece diariamente: um gestor com trabalho acumulado, presença constante e capacidade de gerar resultados.
Ao final, reforçou que “muita coisa aconteceu em poucos dias”, reafirmando confiança no rumo da administração e desejando um bom retorno ao prefeito: “Que Deus o abençoe e proteja; aqui as coisas continuam do mesmo jeito.”
A devolução do cargo, feita sem tensões políticas e acompanhada de elogios à estrutura administrativa, sinaliza um momento de estabilidade interna e sintonia entre prefeito e vice — algo cada vez mais raro no cenário político atual.
Amanhã, meu “urubu” edil vai grunhir alto — e com razão.
Preparem o estômago, porque a pauta está digna de ritual de desmanche:
a) O gabinete não é amaldiçoado, mas já coleciona o 15º pedido de demissão. Se tivesse um cartão fidelidade, já teria ganhado um brinde.
b) Vereadores de Maripá continuam tirando onda com alguns vereadores(as) de Toledo. Quando até o vizinho menor dá risada, é porque alguém perdeu completamente o fio da dignidade.
c) Exonerações em gabinetes pipocando como milho na panela. Tem gente achando que “cargo comissionado” vem com airbag, mas não: quando bate, voa.
d) E, claro, os problemas no HRT só crescem. Crescem tanto que já podiam ter CNPJ próprio. Enquanto isso, o povo segue na fila, porque os egos vêm sempre antes da saúde pública.
A voz que conduz sem gritar
Há líderes que comandam pela força, outros pelo cargo, alguns pela pressa. Raros são os que conduzem pela serenidade — e é justamente nesse território que ví Mario Costenaro se movimentar com naturalidade ao se pronunciar. Não se impôs pelo volume, não exigiu pelo impacto, não convocou pelo barulho. Ele orientou com uma voz que não precisa subir para ser ouvida. Uma voz branda, constante, que obriga a escuta não pela autoridade, mas pela clareza.
Foi assim na manhã em que reassumiu o comando da Prefeitura de Toledo, depois de dias de uma agenda intensa no exterior. Ao invés da grandiosidade que viagens internacionais costumam sugerir, Mario preferiu oferecer discernimento. Não trouxe souvenires políticos, trouxe reflexão. Não chegou com frases de efeito, chegou com a confiança tranquila de quem vê longe.
Enquanto falava, sua equipe não apenas o ouvia — parecia se ajustar, se alinhar, como quem reencontra o eixo. Há gestos que não precisam de força para ordenar, apenas de sentido.
Mario compartilhou o que viu e aprendeu: cidades que inovam sem perder a alma, tecnologias que servem às pessoas e não o contrário, instituições que cooperam porque sabem que o tempo do individualismo acabou. E, de forma quase pedagógica, conduziu seus secretários a um convite difícil, porém necessário: deixar as vaidades no chão e assumir que as próximas décadas importam mais do que os próximos quatro anos.
É um pedido raro na política, terreno onde urgências apagam futuros e onde a cronometragem das obras costuma ser mais importante do que sua utilidade. Mas ali, diante de todos, ele devolveu a dimensão do que realmente importa: as pessoas. Os cidadãos invisíveis nas planilhas, os que não aparecem nas fotos, os que não sobem ao palco.
A crônica daquele momento não é sobre números, nem sobre os quilômetros percorridos entre continentes. É sobre a habilidade de transformar uma prestação de contas em uma aula de humanidade administrativa. Mario não discursou — ele decantou ideias. Pediu mais planejamento, mas com leveza; exigiu agilidade, mas sem atropelos; cobrou responsabilidade, mas sempre com respeito.
Enquanto muitos líderes confundem firmeza com dureza, ele lembrou que autoridade pode existir sem sombra, sem grito, sem medo. Pode existir apenas na serenidade.
E talvez seja por isso que sua voz branda tem tanto efeito: não domina pelo impacto, domina pelo equilíbrio. Não pressiona, inspira. Não ordena, orienta.
Em um tempo em que o imediatismo governa, há quem ainda tenha coragem de pensar o futuro. E mais raro ainda: há quem peça a sua equipe que faça o melhor não para o próprio mandato, mas para as próximas gerações.
Toledo ouviu. E quem estava ali saiu com a sensação de que, às vezes, é o tom da voz — e não o tamanho do discurso — que define a grandeza de um líder. Toledo, no Brasil, tambem tem muito para compartilhar.





