Foto: Marcello Casal Jr – 8.abr.2020/Agência Brasil
A avaliação negativa do Congresso Nacional cresceu entre os brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.
A pesquisa, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, na noite de domingo (16), revela que a avaliação negativa do Legislativo aumentou cinco pontos percentuais (para 37%), três acima da margem de erro, desde maio.
Em comparação com a pesquisa anterior, feita nos dias 25 e 26 de maio, a aprovação do Congresso se manteve estável, com recuo de um ponto – 17% classificaram como ótimo e bom. Já os que disseram que a atuação de deputados e senadores é regular diminuíram de 47% para 43%.
STF
O Datafolha também avaliou a percepção sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). A opinião sobre o principal órgão do Judiciário se manteve estável, apesar de oscilar negativamente dentro da margem.
Sobres os ministros do STF, o índice de ótimo e bom variou de 30% para 27%, o de regular abaixou de 40% para 38% e os que consideram a atuação dos 11 magistrados ruim/péssima passaram de 26% para 29%. Todas as oscilações estão dentro da margem de erro da pesquisa.
A pesquisa do Datafolha ouviu 2.065 pessoas por telefone, entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Relação distensionada
Depois de meses de tensão, Bolsonaro começou em abril um movimento para melhorar a relação com o Congresso.
Naquele mês, o presidente se reuniu com líderes do Centrão para tentar estabelecer uma ponte com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em maio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pediu “trégua” e “paz política” para que o governo pudesse caminhar para um rumo fora da crise.
Em junho, foi a vez do próprio Bolsonaro adotar tom de conciliação em relação aos demais poderes. “Nós somos pessoas privilegiadas. O nosso entendimento, sim, é o que pode sinalizar que teremos dias melhores para o nosso país. Tem mais gente que entra nesse entendimento, deputados, senadores e demais ministros do STF e do STJ”, disse, citando Maia e Alcolumbre.
Fonte: Murillo Ferrari, da CNN