Jornalista Eliseu Langner de Lima – MTpr11737
O Projeto de Lei nº 7, protocolado em 1º de janeiro de 2025 e debatido por mais de 90 dias, finalmente foi votado em plenário. Nesse período, a proposta transitou entre discussões sérias e manobras políticas, muitas delas com o claro objetivo de postergar sua aprovação, frequentemente motivadas por interesses pessoais.
Nas sessões realizadas na última terça-feira (08) e nesta segunda-feira (14 de abril), o projeto recebeu parecer favorável e foi aprovado também em segundo turno, exatamente como foi apresentado pelo prefeito Mário Costenaro — sem qualquer modificação. Sólida e respaldada pela legislação municipal vigente, a proposta superou a resistência de parte da oposição, que tentou, sem sucesso, inserir emendas de conteúdo duvidoso e propósitos questionáveis.
Entre os opositores, houve até quem, sem qualquer respaldo moral ou político, ousou — no meio das discussões — tentar barganhar um cargo de maior expressão para sua ex-companheira, possivelmente como forma de quitar dívidas pessoais. A tentativa foi considerada absurda até mesmo por membros do próprio grupo político do autor da proposta, sendo prontamente descartada.
Derrota acachapante?
Como diriam, com certa ironia, os analistas da chamada “bolha” política local: sim, foi uma derrota acachapante para aqueles que apostaram no fracasso do projeto e tentaram transformá-lo em moeda de troca.
100 dias do Executivo
Apresentadas na última sexta-feira, dia 11, no auditório da Prefeitura de Toledo, as 116 ações da atual gestão foram destaque. Além de diversos cargos comissionados, estiveram presentes lideranças locais e representantes de entidades cujas demandas foram atendidas em tempo recorde — como alguns destacaram durante o evento.
Mais R$ 16,5 milhões para o povo de Toledo
Durante a apresentação dos resultados dos 100 dias da gestão Mário Costenaro, o deputado Sperafico anunciou a liberação de mais R$ 16,5 milhões em investimentos para Toledo:
R$ 5.000.000,00 em Transferência Especial para uso livre;
R$ 5.000.000,00 para o custeio da Saúde – Hospital Bom Jesus;
R$ 4.000.000,00 para Média e Alta Complexidade (MAC e PAP);
R$ 740.000,00 para aquisição de pá carregadeira – Assuinoeste;
R$ 150.000,00 para a Fazenda da Esperança;
R$ 250.000,00 para o Centro Beneficente de Educação Infantil Ledi Mass (Lions);
R$ 200.000,00 para a Instituição São Vicente de Paulo (Irmã Luiza);
R$ 215.000,00 para a UFPR – Campus Toledo, para reforço na estrutura.
Além disso, outros R$ 5 milhões já foram repassados ao Hospital Bom Jesus, destinados à construção da nova sede e custeio hospitalar. Também foram confirmados investimentos em infraestrutura, como a reforma do Centro de Eventos, aquisição de equipamentos para o Corpo de Bombeiros, revitalização de vias urbanas e melhorias no setor esportivo.
Momento histórico no comando do Legislativo
O Presidente da Câmara Municipal de Toledo, Gabriel Baierle assinou ainda na tribuna pós sessão ordinária a aprovação, o autógrafo do PL da Reforma Administrativa do Poder Executivo. Uma grande demonstração de que os interesses de Toledo transcendem qualquer pessoa. Segundo ele “Minha posição vai além do discurso, está na prática. Toledo está a acima de todos”.
Mais uma viagem das “diárias”
Seria interessante se alguns vereadores apresentassem um requerimento à mesa solicitando explicações sobre o motivo pelo qual os mesmos parlamentares realizaram, entre 2024 e 2025, mais de uma dezena de cursos apenas com a empresa “Pública”, da cidade de Céu Azul. Além disso, seria prudente requerer a lista de presença de todos os participantes nesses eventos. A transparência agradece.
Muito estranho…
É positivo ver um vereador anunciar, em suas redes sociais, a conquista de uma emenda de R$ 300 mil destinada a uma prática esportiva. Estranho, porém, é perceber que o deputado responsável talvez nem saiba exatamente com quem está lidando — e o que essa parceria pode representar politicamente no futuro. Há, definitivamente, caroço nesse angu.
O último suspiro da bolha
E assim, nessa tarde de plenário que prometia apenas mais uma sessão arrastada, selou-se o destino do tão falado Projeto de Lei nº 7. Depois de mais de 90 dias de idas, vindas, discursos inflamados, emendas tão criativas quanto dispensáveis e, claro, as tradicionais manobras — quase coreografadas — do grupo de guarda da política betal, ele foi aprovado. Na íntegra. Sem cortes, sem emendas, sem firulas. Exatamente como veio da caneta do prefeito Mário Costenaro.
A aquela “bolha” política local, sempre tão cheia de si, fez o que pôde. Burburinhos de bastidores, discursos indignados, tentativas desesperadas de transformar o projeto em moeda de troca. Um espetáculo digno de tragicomédia. Mas, ao fim, o ar começou a rarear. O oxigênio escasseou. E a bolha… bufou seu último gás nessa segunda-feira, 14 de abril.
Talvez o mais icônico entre os atos desesperados tenha sido o de um não tão nobre opositor que, entre uma pausa dramática e outra, tentou enfiar goela abaixo até um pedido de cargo para sua ex-companheira — uma tentativa tão desconectada da realidade que beirou o patético. A justificativa? Dizem que era para acertar dívidas pessoais. Eu, acredito que é falta de “caráter” mesmo. O projeto em votação? Um detalhe incômodo no caminho.
Foi o crepúsculo de um modelo político de “barganhas”, que, ao que parece, ainda não entendeu que seus aplausos estão cada vez mais minguados. Que a plateia mudou. Que o roteiro cansou. Porque, convenhamos, insistir em emendas que nem os autores sabiam explicar direito já passou do ponto. Saturou. Pior ainda é, querer atirar via MP sem que haja “munição” comprobatória.
A aprovação do Projeto 07, sem alterações, foi mais do que uma vitória administrativa. Foi o sinal de que o tempo da encenação acabou no dia 06 de outubro de 2024, e, o ultimo respiro, dia 14 de abril de 2025 que a política da cortina de fumaça está perdendo espaço para a política do conteúdo, do projeto que se sustenta sem precisar de cambalhotas retóricas ou chantagens emocionais.
A “bolha” soprou forte. Fez barulho. Espalhou seus ventos pelas galerias da Câmara, naqueles grupelhos de fofocas formados pelas “viúvas”. Mas não resistiu à lógica, nem à coerência. Estourou — como sempre estouram as bolhas: de repente, sem aviso, e deixando no ar apenas o cheiro azedo do que um dia foi promissor.