Que nos momentos mais difíceis, quando tudo parece desabar, ainda assim sejamos capazes de oferecer um sorriso — não um sorriso qualquer, mas um que carregue verdade, que revele quem somos de fato, sem máscaras nem fingimentos. O mundo já está saturado de aparências, de gestos vazios e palavras ocas.
Diariamente me pego refletindo sobre os caminhos da humanidade. Faço isso com olhar jornalístico, sim, mas também com uma lente sociológica e antropológica. Tento entender como e por que nos afastamos tanto da essência do ser, mergulhando nessa corrida exaustiva e desenfreada pelo ter. Não há nada de errado em querer conquistar, em querer mais. O problema começa quando o “ter” passa a ditar nosso valor e sufoca aquilo que somos de verdade.
As relações estão tão frágeis, tão líquidas, que ser profundo virou quase uma ameaça. Tudo parece descartável, inclusive pessoas. Nessas horas, o silêncio de casa, a companhia de um bom livro ou de uma boa notícia, têm sido bálsamos. É nesse recolhimento que busco clareza, lucidez e evolução. Porque só assim posso continuar tentando ser a melhor versão de mim — e não uma versão moldada por um mundo raso.
Que seu dia seja de muita paz! E que seu sorriso — mesmo em meio ao caos — siga sendo verdadeiro.