Da Redação
Depois da denúncia tornada pública em primeira mão pela Gazeta de Toledo, o Ministério Público do Paraná (MPPR) obteve na Justiça o afastamento do vereador Gilson Francisco, que teria incorrido na prática de concussão ao exigir que seu assessor parlamentar fizesse empréstimos bancários e lhe desse parte do dinheiro em troca do emprego em seu gabinete.
Na tarde desta quarta-feira (24), o Ministério Público se manifestou em nota a respeito da denúncia, que já vinha sendo investigada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, e anunciou que a Justiça afastou por liminar o vereador de suas funções. Ele também está proibido de acessar e frequentar as dependências da Câmara Municipal.
A denúncia veiculada pela Gazeta de Toledo repercutiu na cidade e levou a uma investigação aberta pela 4ª Promotoria de Justiça da comarca, que tem atuação na defesa do patrimônio público. O MPPR apura a possível prática de concussão pelo agente político.
Conforme a investigação do Ministério Público, Gilson teria exigido que seu assessor parlamentar Valderi Geovani Müller fizesse um empréstimo consignado de R$ 44 mil e repassasse a ele parte desse valor (R$ 32 mil), como garantia de manutenção do servidor comissionado no cargo. A gravação de conversas em que tal situação é descrita foi incluída na apuração.
A liminar que impôs o afastamento do cargo foi deferida nesta terça-feira, 23 de novembro, pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Toledo. Além do pedido de afastamento do cargo e de manter distância da Casa Legislativa e de pessoas relacionadas ao processo, a Promotoria de Justiça havia requerido a prisão preventiva do vereador e a suspensão de seus vencimentos no cargo público, mas esses pedidos, por ora, foram negados pelo Judiciário – o MPPR vai recorrer dessa decisão.