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“Quando a verdade incomoda, vêm os gritos de repúdio”

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Admito: poucas coisas me satisfazem tanto quanto desmascarar as virtudes fabricadas pelas mentiras — especialmente quando vêm de quem ocupa cargos públicos, sejam eleitos, nomeados ou concursados.

Refiro-me aqui à nota de repúdio divulgada pelo MDB de Toledo e pelo MDB Mulher, que parece mais uma tentativa de silenciar uma crítica legítima do que uma defesa coerente da atuação de suas representantes. Um partido que aparenta estar sem rumo — como é comum na política local após derrotas eleitorais — volta a se manifestar apenas quando pressionado por seus próprios militantes mais engajados. A propósito, talvez seja hora de resgatar o espírito combativo, honesto e coerente de líderes como Leoclides Bisognin, que jamais se esconderam atrás de discursos vitimistas quando cobrados publicamente.

Dito isso, vamos aos fatos: a nota de repúdio parte de premissas equivocadas e distorce completamente o conteúdo da matéria intitulada “Não fui capaz, agora quero que façam”. Em momento algum este colunista fez insinuações maliciosas, atacou a integridade pessoal das vereadoras ou empregou qualquer tom de menosprezo ou preconceito. O que foi dito — e reafirmo — é que ambas, enquanto ocuparam cargos de gestão no Executivo municipal, não realizaram aquilo que hoje cobram com veemência como legisladoras. Essa é uma crítica política legítima e baseada em fatos, e não um ataque pessoal ou uma tentativa de desqualificação de gênero.

A seguir, esclareço ponto a ponto os equívocos e distorções presentes na nota do MDB, que, ao invés de fortalecer o debate democrático, tenta calar vozes críticas por meio da vitimização e do desvio de foco.

1. A crítica é administrativa, não pessoal ou preconceituosa

Nota: “A matéria promove um ataque direto, injusto e desrespeitoso às vereadoras…”

Contraponto:
Em nenhum momento a matéria atacou as vereadoras em caráter pessoal. A crítica se dirigiu unicamente à incoerência de postura política e administrativa: quando exerceram cargos no Executivo municipal (como diretora e secretária), não implementaram ou defenderam aquilo que agora, como vereadoras, cobram de forma enfática. Isso é uma contradição legítima de ser apontada no debate público, especialmente quando envolve recursos públicos e políticas públicas.

2. Não houve insinuações maliciosas ou menosprezo político

Nota: “Não aceitaremos… insinuações maliciosas, menosprezo político ou comentários carregados de preconceito.”

Contraponto:
A análise feita não insinua, acusa ou ridiculariza. Apenas evidencia um fato político concreto: as mesmas pessoas que hoje exigem ações, já estiveram no poder executivo e não as realizaram. Essa crítica é comum e esperada em regimes democráticos. Ser chamada à coerência e à responsabilidade pelas próprias ações não configura ataque — configura fiscalização e liberdade de expressão.

3. Apontar incoerências não é deslegitimar a mulher na política

Nota: “Esse tipo de postura retrógrada, que tenta deslegitimar a presença e a força das mulheres na política…”

Contraponto:
A crítica feita na matéria não teve qualquer conotação de gênero, não questionou a capacidade das vereadoras por serem mulheres, tampouco as colocou em posição inferior. O foco da análise foi estritamente político e funcional. Generalizar como “postura retrógrada” uma crítica legítima a duas figuras públicas é desviar o foco do real problema apontado. Usar a pauta de gênero como escudo para evitar críticas políticas é uma prática perigosa e injusta com o próprio movimento feminino.

4. Quem ocupa cargo público deve estar aberto ao escrutínio

Nota: “Exigimos responsabilidade no uso da palavra pública…”

Contraponto:
Da mesma forma, espera-se responsabilidade também no uso da função pública. Quem exerce mandato ou ocupou cargo de gestão deve estar preparado para ser cobrado por suas ações e omissões. O exercício do jornalismo e da opinião crítica é parte essencial do controle social. A palavra pública — como no caso da coluna em questão — foi usada com responsabilidade, base factual e tom direto, sem agressões ou distorções.

5. A nota tenta inverter o foco

Nota: “Seguiremos firmes… por uma política feita com coragem, consciência e compromisso com a democracia.”

Contraponto:
Concordamos com isso — e é justamente por compromisso com a democracia que se deve permitir e aceitar críticas, principalmente quando elas expõem incoerências entre discurso e prática. Não se pode, sob o pretexto de defesa institucional ou de gênero, tentar deslegitimar o papel fiscalizador da imprensa ISENTA E VERDADEIRA.

Aumentos nas despesas

O aumento das despesas na câmara Municipal de Toledo, retratarei na coluna de sexta-feira.

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Edição nº2784 – 28/05/2025

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