Na última manifestação em Guaíra, no Oeste do Paraná, milhares de agricultores e moradores locais se uniram para protestar contra invasões de terras, cobrando ações mais enérgicas dos governos estadual e federal. O evento contou com a participação do Deputado Federal Dilceu Sperafico, que reforçou a urgência de uma resposta efetiva para a crescente tensão e insegurança na região, intensificadas por frequentes conflitos envolvendo comunidades indígenas.
Vestidos de preto em sinal de luto e união, os manifestantes marcharam da Prefeitura até a sede da Polícia Federal, clamando por segurança e proteção ao direito de propriedade. Durante o ato, Sperafico destacou a necessidade de que as autoridades respondam prontamente às demandas da população. “Estamos aqui em Guaíra, em uma manifestação pacífica, buscando sensibilizar as autoridades para que respeitem a propriedade privada”, declarou o deputado.
Sperafico descreveu a situação dramática enfrentada por agricultores de Guaíra e Terra Roxa, muitos dos quais se sentem “à deriva” diante do aumento das invasões e da falta de apoio efetivo.
“A população está insegura, e os investimentos na cidade estagnaram. Nosso agricultor está sendo impedido de plantar em propriedades que estão há gerações em sua família. Clamamos ao governo para que tome providências de desintrusão nessas áreas e garanta o respeito ao direito à propriedade privada”, finalizou o deputado.
Um país à deriva e o direito à espera
Em Guaíra, no Oeste do Paraná, o último sábado parecia um cenário de filme. Agricultores e moradores da região, vestidos de preto, caminharam com passos firmes rumo à sede da Polícia Federal. As faixas e cartazes clamavam por um direito que, em qualquer outra narrativa, já estaria garantido: o direito de viver e produzir em paz. Mas a história, aqui, segue um enredo tortuoso, onde a justiça, muitas vezes, é apenas uma promessa vazia.
O Deputado Dilceu Sperafico, em meio à multidão, declarou a urgência de uma resposta das autoridades estaduais e federais, uma resposta que já deveria ter sido dada há muito tempo. A sensação de insegurança e abandono virou rotina para quem planta, colhe e gera riqueza em um país que, ironicamente, é conhecido como o celeiro do mundo. Enquanto isso, o direito de propriedade — simples na teoria, mas complexo na prática — se enrosca em entraves burocráticos e num sistema judicial que parece se perder nas entrelinhas das próprias leis.
O que vemos, então, não é apenas uma luta por segurança; é uma batalha pelo óbvio. Os agricultores se perguntam: em que momento a Justiça deixou de proteger aqueles que fazem a engrenagem girar? Em que instante nosso Judiciário resolveu dar as costas aos que dedicam sua vida ao campo, à produção e ao sustento de tantas famílias? Há um hiato entre o que é justo e o que é decidido nos tribunais, um abismo que só cresce a cada novo impasse e cada novo conflito.
Mas o problema não se limita ao campo. A insegurança jurídica já afeta cidades e setores inteiros, e os agricultores de Guaíra são apenas um dos capítulos de uma novela que se espalha pelo país. Hoje, é a questão fundiária; amanhã, pode ser qualquer outro direito que imaginamos seguro e incontestável. E lá estão eles, de preto, como quem chora o luto por um direito que deveria ser inquestionável, mas que, na prática, precisa de manifestação, protesto, comoção. Uma ironia triste: lutar pelo que já lhes pertence.
A Justiça deveria ser cega, imparcial e ágil. No entanto, ela parece caminhar a passos lentos e hesitantes, deixando espaço para o medo e a insegurança se espalharem. Espera-se muito de quem produz e sustenta o país, mas pouco é devolvido em segurança e respeito. A propriedade privada, o investimento, o trabalho — tudo isso vai ficando à deriva, como se fossem questões secundárias.
No fim, a multidão se dispersa, e o Deputado Sperafico volta para seu gabinete, prometendo continuar a luta. Mas uma pergunta ecoa na mente dos que ficaram: até quando? Até quando o Judiciário, os governantes, as autoridades olharão para o lado, ignorando os clamores daqueles que são, verdadeiramente, o alicerce de nossa nação?
Talvez, quando a Justiça resolver sair dos textos e das promessas e caminhar ao lado dos que lutam pelo que é justo, finalmente tenhamos um final diferente para essa história. Até lá, ficamos com o que temos: um país rico, mas um direito pobre.
Dança das “cadeiras”
Com a eleição do deputado estadual Tiago Amaral (PSD) para a prefeitura de Londrina, o segundo suplente, o ex-deputado Wilmar Reichembach (PSD), deverá assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa a partir de 2025. Isso se dá porque o primeiro suplente, deputado Pedro Paulo Bazana (PSD), já ocupa uma vaga no parlamento, substituindo Márcio Nunes (PSD), atual secretário de Estado do Turismo.
Dança das “cadeiras” I
Com a saída de Amaral para a prefeitura de Londrina, Bazana assume de forma definitiva seu mandato na Assembleia, deixando a primeira suplência para Reichembach. No primeiro turno, o deputado Marcel Micheletto (PL) foi eleito prefeito de Assis Chateaubriand, e o deputado Douglas Fabrício (Cidadania) venceu em Campo Mourão. Essas mudanças liberarão duas cadeiras na Assembleia, que devem ser ocupadas pelos suplentes Jairo Tamura e Dr. Leônidas, respectivamente.
Dança das “cadeiras” II
Essas alterações na Assembleia Legislativa estão previstas para o início de janeiro de 2025, após o dia 1º, quando os novos prefeitos assumem seus cargos como Chefes do Executivo em seus municípios.
Dia do servidor público
Nesta segunda-feira, 28 de outubro, é celebrado o Dia do Servidor Público. No entanto, o reconhecimento parece limitado à divulgação de uma simples mensagem do prefeito de Toledo nas redes sociais, gravada em frente ao prédio da prefeitura. A falta de eventos comemorativos, como as tradicionais celebrações no teatro, reflete um distanciamento entre a atual gestão e os servidores municipais.
Dia do servidor público – I
Em contra partida, nesse dia 28 de outubro, o SerToledo fez a entregou mais de R$ 1,2 milhão de direitos conquistados a classe dos servidores filiados ao Sindicato dos Servidores de Toledo (SerToledo). Além disso, organizou três grandes eventos para marcar a data. As comemorações acontecerão nos dias 31 de outubro, 1º e 2 de novembro, no Green Hall, oferecendo um espaço de valorização e confraternização para os servidores. Veja matéria completa sobre o pagamento dos servidores B1 AQUI