O projeto de extensão “Ações de educação e controle de parasitoses intestinais em alunos de escolas públicas do município de Cascavel”, vinculado ao curso de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel, é realizado desde 2014 em escolas e CMEIs do ensino público de Cascavel. Nesses dez anos de existência, o projeto já envolveu mais de 15 instituições e mais de 50 acadêmicos já participaram das atividades.
A iniciativa extensionista busca realizar diagnóstico e tratamento de parasitoses intestinais e desenvolver atividades de educação em saúde com intuito de promover o controle dessas doenças na população infantil, além de estimular cuidados em saúde, principalmente relacionados a higiene e alimentação como prevenção.
As parasitoses intestinais são doenças resultantes da tríade epidemiológica: agente, hospedeiro e meio ambiente, tendo como principal forma de transmissão a via oral-fecal. São apontadas pelo Ministério da Saúde como um grave problema de saúde pública e estão intimamente relacionadas às condições de higiene e moradia.
Para a coordenadora do projeto, Profa. Veridiana Lenartovicz Boeira, o ambiente escolar é propício para trabalhar com práticas de promoção da saúde, trabalhando com ações voltadas à prevenção de doenças e ao fortalecimento dos fatores de proteção à saúde. “É um espaço para a elaboração e implantação de atividades, pois, além de congregar crianças e adolescentes em uma etapa crítica do crescimento e desenvolvimento, é uma importante ponte de comunicação com a população”, diz.
A docente complementa que várias estratégias para facilitar o ensino-aprendizagem em saúde podem ser utilizadas como ferramentas, sendo os jogos uma possibilidade interessante. “O jogo tem sido empregado no contexto pedagógico e psicopedagógico com vistas à promoção, desenvolvimento e motivação da aprendizagem, podendo proporcionar um equilíbrio entre a função lúdica e educativa. O ambiente lúdico é um excelente espaço para a promoção da aprendizagem, pois nele o sujeito enfrenta desafios, estabelece hipóteses, vivencia situações, resolve problemas e testa limites. É ainda descrito como uma atividade paradoxal, isto é, ao mesmo tempo que é livre e espontâneo, também é regrado”, conclui.
Isadora de Borba Bini é farmacêutica e atuou como bolsista no projeto. “Eu entrei no projeto quando estava no terceiro ano e, enquanto estava realizando as atividades, fui aprendendo na prática sobre a área. Então quando tive Parasitologia Clínica no 4° ano já tinha bastante experiência na área. No projeto eu tive a oportunidade de ajudar a fazer as análises parasitológicas das crianças e de realizar palestras nas escolas, ensinando as crianças sobre os parasitas e como se proteger deles”, comenta.
“Foi muito interessante e importante participar desse projeto, consegui aprender muito e com o apoio da professora Veridiana, que foi essencial na minha graduação. As crianças que conseguimos atender foi engrandecedor, o retorno das escolas com atividades educativas para as crianças foi muito benéfico. Sinto muito orgulho de ter participado desse projeto, foi fundamental para minha formação”, destaca a farmacêutica, Marina Silva de Carvalho.
Além da escola, o projeto de extensão envolve as Unidades Básicas de Saúde do entorno em que a instituição de ensino se encontra para participar das atividades, sendo uma importante colaboração no tratamento e acompanhamento clínico das crianças com parasitoses.
Fonte: Unioeste