Esse assunto foi tema da manchete do dia 29 de março de 2024 e, infelizmente, em 4 de maio do mesmo ano, pouco ou nada mudou – na verdade, a situação se agravou para os profissionais de Enfermagem que atuam na UPA, no Mini-Hospital e no Hospital Regional, sejam eles auxiliares, técnicos ou enfermeiros. Durante esta semana, recebi mais algumas notícias de que a situação continua a mesma, e em alguns locais de trabalho, até piorou.

Números insuficientes

Segundo uma enfermeira, atualmente existem 6 equipes, cada uma com 11 profissionais técnicos concursados, divididos em três equipes diurnas e três noturnas, que contam também com um atendente de farmácia e profissionais PSS. No entanto, os profissionais afirmam que isso é insuficiente para atender à demanda, já que cada técnico de enfermagem, que deveria atender no máximo seis pacientes, está atendendo 14 (a sobrecarga é tamanha que há relato de que um paciente teve um ‘garrote’ retirado de seu antebraço um dia depois de ter sido fixado). 

Nesta semana, mais um profissional pediu demissão

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É uma situação desumana, e para piorar a vida desses profissionais, informações confirmadas revelam que a falta de gestão, que está complicada e engessada, impede que os enfermeiros ‘chefes’ tenham autonomia de atuação, ou seja, tudo está centralizado. Eles precisam esperar autorização de superiores para chamar um profissional extra quando precisam, e, na maioria das vezes, tais necessidades não são atendidas, o que pode colocar vidas em risco, principalmente nos finais de semanas, quando esses superiores somem, desligam seus celulares.  Sem contar aqueles profissionais que estão em licença ‘médica’.

Outro relato

“Estou na UPA, por enquanto, mas já assinei meu aviso prévio. Não estou aguentando mais.

Aquele lugar está desumano, não há dinheiro que pague pela nossa saúde mental. Todos estão focados em pedir demissão também.

Estou até desmotivada em relação a essa área. Não sei até onde vale a pena, mas acredito que vou descobrir em breve.

Amo demais o meu trabalho, mas da forma como está, deixa muito a desejar.

Fazer por fazer, sem as mínimas condições, nem mesmo a comida para nós, funcionários, tem algum valor.

Isso é o fim, literalmente. Desculpe o desabafo, mas não queria que minha escolha chegasse a esse ponto.

É melhor cedo do que tarde, e sem saúde mental.”

Terceirizar?

Antes que eu esqueça: meu “urubu-Floripa” jurou que ouviu sobre uma iniciativa intencional de ‘terceirizar’ o Mini-Hospital de Toledo. Será que irão terceirizar a Câmara Municipal também?

Entrevista de sábado

No sábado, teremos uma entrevista especial com a secretária-geral do SerToledo, Marlene Silva. Ela vai discutir os processos judiciais movidos contra o Município e o Legislativo em favor dos servidores públicos, que têm sido amplamente reconhecidos pela Justiça por seus méritos. Além disso, abordaremos o evento deste dia 4, que promete ser mais um reconhecimento para a classe: o Baile dos Servidores, que será realizado no Green Hall como uma forma de valorização social dos filiados.