Em ssembleia, maioria dos professores aprovaram a paralisação. Foto: Instragram/Adunioeste

A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial de 42,16%, relativa às perdas acumuladas nos últimos sete anos

Da Redação

Em assembleia realizada nesta terça-feira (09/05), os professores Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) decidiriam entrar em greve a partir da próxima segunda (15/05). Na assembleia, que foi realizada em Cascavel, onde fica a Reitoria da Universidade, a maioria dos docentes optou por aderir à paralização.

A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial de 42,16%, relativa às perdas acumuladas nos últimos sete anos.

Com a decisão, de 82 votos a favor e 27 contrários, os docentes decidiram deflagrar a greve em todos os campi, a partir da próxima semana.

A CSD (Comando Sindical Docente), que congrega servidores da Unioeste, Unicentro, UEL, UEM, UEPG e Unespar, apoia a greve. No início do mês, a entidade sindical já havia se manifestado a respeito, publicando a seguinte nota:

O Governo do Estado mantém a política de arrocho salarial do funcionalismo do Poder Executivo (docentes e outros trabalhadores)

Nos últimos anos, os poderes políticos do estado do Paraná resolveram dividir o funcionalismo público em duas categorias: uma delas, constituída pelos trabalhadores do Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Tribunal de Contas, as quais tiveram reposição salarial integral de 2017 a 2021, e, agora em 2023, de tal forma que suas perdas salariais acumuladas foram zeradas. A outra, uma espécie de subcategoria do funcionalismo na visão do governo, constituída por professores, médicos, enfermeiros, policiais, servidores das secretarias e outros órgãos do Executivo – ou seja, aqueles que prestam os serviços considerados essenciais e lidam diretamente com a população – acumulou ao longo desses anos 42% de defasagem salarial.

O gráfico abaixo mostra a enorme discriminação que existe no funcionalismo do estado, expressando claramente que a prioridade do Governo do Estado no atendimento da população é uma mentira: não se tem serviço público como prioridade quando a prática dominante é a da discriminação, empobrecimento e tentativa de humilhação daqueles que estão na linha de frente do atendimento à população. Por si mesmo, os dados abaixo demonstram o tipo de prioridade estabelecida para os serviços públicos no estado do Paraná.