Da Redação

Um projeto iniciado na Cadeia Pública de Toledo, há pouco mais de um mês, está proporcionando a fabricação de camas e casinhas com paletes, para doação às ONGs que atuam no resgate de animais abandonados na regional do Depen de Cascavel.

O projeto, que recebeu o nome de “Pipoca”, é uma iniciativa da Coordenação Regional do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), em Cascavel, desenvolvido em parceria com a Cadeia Pública de Toledo.

A produção inicial contou com o apoio de algumas ONG´s, voluntários e de algumas empresas da cidade vizinha. De acordo com coordenador regional do Depen, Tiago Correia, o a iniciativa consiste na produção de casinhas feitas pelos presos e de caminhas confeccionadas pelas detentas que encontram-se na unidade prisional de Toledo.

Tiago também explicou que os paletes e as demais matérias-primas foram angariados junto a comunidade, através de doações, para o projeto concebido pelo Depen como forma de contribuir e auxiliar o trabalho dos cuidadores de animais.

Na manhã desta sexta-feira (04/09), foi realizada a entrega dos primeiros materiais pets produzidos na Cadeia Pública de Toledo, à Coordenação Regional de Cascavel. No total, foram produzidos em Toledo 13 casinhas, 08 caminhas e alguns tapetes pets. Os utensílios foram repassados à ONG Latidos do Bem, que aproveitará as casinhas em um projeto denominado “Movimento do Bem”, visando proporcionar abrigo aos animais de rua. Já as caminhas, segundo a Luciana Braga, que é cuidadora de animais e membro da ONG, serão vendidas e terão o dinheiro revertido para a compra de ração para os cães e para o custeio de atendimento veterinário.

Na entrega feita nesta manhã, estiveram presentes, além dos agentes penitenciários e de membros da entidade Latidos do Bem, cuidadoras independentes, agentes da Guarda Municipal de Cascavel e funcionários do Departamento de bem-estar animal da Prefeitura de Cascavel.

Pipoca

O nome do projeto faz menção a cachorrinha Pipoca, envolvida em um incidente ocorrido na Cadeia Pública de Cascavel, quando foi atingida por disparo de arma não letal (anti-motim).

Há tempos, a cachorrinha foi resgatada por uma escrivã da Polícia Civil e levada para a 15ª SDP, onde passou a viver. Ela é tratada pelos policiais, pelos agentes penitenciários e até mesmo pelos internos da Cadeia Pública de Cascavel, que fica no prédio anexo à Delegacia.

Recentemente, a Pipoca se envolveu em uma briga com outra cachorrinha que entrou no pátio da Cadeia. Para tentar apartar a briga, um agente efetuou um disparo com munição anti-motim que a acertou. Ferida, ela foi socorrida e levada para o hospital veterinário e recebeu alta ontem (03/09), depois de aproximadamente três semanas de internamento.

Após sua recuperação, Pipoca, que aparece nas fotos, retornou para a Cadeia Pública. Ela ganhou uma casinha e uma caminha, produzidas em Toledo, e os agentes penitenciários estão tentando agora encontrar um lar adotivo para ela.

Projeto

A criação do projeto não só visa atender a demanda da causa animal, como está possibilitando um ofício aos preso e presas, bem como, o cumprimento da Lei de Execução Penal em sua efetividade e a remição de pena, conforme estabelece a legislação (a cada três dias trabalhados, é descontado um da pena).

Fotos: Depen