Representantes da Prefeitura de Toledo participaram da mesa técnica “Biometano da Suinocultura: da gestão de resíduos à energia limpa”, realizada na manhã dessa quarta-feira (22) no câmpus Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O evento, promovido pelo UniHub (incubadora de projetos de inovação tecnológica da instituição de ensino superior), reuniu pesquisadores, empresários, lideranças políticas e representantes de entidades setoriais para discutir o potencial energético e econômico do biometano e suas contribuições para o desenvolvimento sustentável da região.
O secretário da Agricultura e Proteína Animal, Luiz Carlos Bombardelli, e a diretora-executiva da Fundação para o Desenvolvimento Sustentável, Científico e Tecnológico de Toledo (Funtec), Tatiany Barbiero, ministraram dois dos oito painéis que compuseram a programação. A diretora de Desenvolvimento Agropecuário e Abastecimento da Secretaria de Agricultura e Proteína Animal, Daliana Uemura, e o diretor-administrativo da Secretaria de Meio Ambiente, Valdemir Aleixo, também acompanharam os debates sobre as oportunidades que o biometano representa para o agronegócio regional.
A mesa técnica teve como propósito aproximar a universidade do setor produtivo e da sociedade civil, fortalecendo o diálogo e a busca por soluções inovadoras voltadas à transição energética e ao crescimento sustentável. A iniciativa reforça o papel de Toledo como referência nacional em produção agropecuária e em políticas de incentivo ao aproveitamento de resíduos da suinocultura.
O Paraná é o segundo maior produtor de carne suína do Brasil, e Toledo lidera o ranking estadual e nacional, com uma suinocultura que alcançou um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 2,161 bilhões no levantamento mais recente (42% do total). Esse cenário evidencia o potencial do município para liderar iniciativas voltadas à geração de energia limpa e ao uso responsável dos recursos naturais
Bombardelli destacou que a expressiva produção de suínos em Toledo gera um volume considerável de dejetos, o que representa uma oportunidade estratégica para a conversão desse material em energia limpa e renovável. “Estudos apontam que o Oeste do Paraná tem potencial para gerar até 394 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, o que equivale a cerca de 1,2% de todo o consumo anual de energia elétrica do Estado”, comenta o secretário. “Toledo se encontra na vanguarda dessa transformação, com a previsão de operação de uma usina de biogás que vai utilizar dejetos da suinocultura para gerar energia, fertilizantes e soluções de saneamento rural”, detalha.
Durante sua fala, a diretora-executiva da Funtec ressaltou que a articulação entre a produção agroindustrial, a universidade e a bioenergia representa uma oportunidade singular de desenvolvimento sustentável, inovação tecnológica e fortalecimento da economia local. “O objetivo é fortalecer parcerias institucionais, integrar projetos já em andamento e identificar novas oportunidades que tornem Toledo uma referência em processos inovadores na cadeia da suinocultura e na produção de biometano”, destaca Tatiany. “A Funtec atua como ponte entre ciência, governo e setor produtivo, fomentando soluções que alinham desenvolvimento econômico, sustentabilidade e inovação tecnológica”, acrescenta.
Fonte: Secom/Pref. de Toledo