m pleno dia 30 de julho, quando a tendência nas negociações no mercado da suinocultura independente costumam ser de queda, as comercializações nas principais praças produtoras fecharam com preços altos. As lideranças de associações explicam que os preços seguem sustentados devido às exportações de carne suína em ritmo aquecido. 

Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira, a negociação com frigoríficos, ocorrida nesta quinta-feira (30), resultou em um aumento de R$ 0,10 centavos, fazendo o preço do quilo do animal vivo chegar a R$ 6,66. 

Minas Gerais, que também negocia os animais às quintas-feiras, manteve o mesmo preço da semana anterior, R$ 7/kg. Conforme explica o consultor de mercado da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, na plataforma de dados a idade dos animais continua no nível de final de ano e por consequência o gráfico de animais disponíveis para venda imediata.

 “Estoques das Granjas no nível de dezembro é oferta controlada e o equilíbrio entre oferta e procura sustenta o mercado”.

Nesta quinta-feira (30), Santa Catarina também negiciou os animais no mercado independente, com os preços passando de R$ 6,18/kg para R$ 6,34/kg, mas com negociações registradas em até R$ 6,76/kg, valor recorde., segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi

“A bolsa subiu bastante essa semana, e isso mostra o qua nto há uma procura de animais, e acredito que ela esteja chegando num certo limite, porque a hora que isso bater no consumidor, pode haver um recuo. Acreditamos que os produtores vão estar mais animados, há perspectivas boas de que o Brasil continue sendo um grande parceiro coemrcial da China”, explicou. 

Houve recorde na cotação do suíno no mercado independente no Rio Grande do Sul, que passou de R$ 5,88/kg para R$ 6,01/kg. Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), a demanda dos frigoríficos está aquecida, e os suinocultores estão vendendo os animais com peso normal, sem retenção. 

“A exportação é a grande responsável pelo atual paramar do mercado, e se não fosse isso, estaríamos vivendo uma grande crise, ainda que o mercado interno esteja se recuperando aos poucos co  a flexibilização da economia em algumas regiões”, disse.

O aumento nos preços nos principais Estados produtores está se refletindo nas cotações no Mato Grosso, segundo o presidente da Associação de Criasores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. Nesta semana, o preço do quilo do suíno vivo no mercado independente dentro do espado passou de R$ 5/kg para R$ 5,20/kg.

“No Mato Grosso ainda tem espaço para crescer. Toda última semana de mês tem baixa, e como teve alta dessa vez, na semana seguinte subir mais, já que há a entrada da massa salarial e o poder de compra da população melhora”.

Por: Letícia Guimarães

Fonte: Notícias Agrícolas