Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Fonte de dados meteorológicos: Wettervorschau 30 tage
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Políticas públicas do biometano para Toledo são debatidas com empresários

h

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Foto: Carlos Rodrigues/Secom

Um debate em torno das perspectivas do biometano reuniu, na tarde dessa terça-feira (9), empresários, técnicos e representantes de entidades na Sala Inovacit, localizada na sede da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit). A iniciativa partiu da Secretaria Municipal da Agricultura e Proteína Animal (Smap), que conduz a construção da Política Pública do Biometano para o município.

O encontro teve como objetivo alinhar estratégias e consolidar parcerias para impulsionar o biometano como alternativa energética e vetor de desenvolvimento econômico e ambiental. A mobilização contou com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), da Associação Regional de Suinocultores do Oeste (Assuinoeste), do Instituto Água e Terra (IAT) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

A abertura ficou a cargo de Felipe Souza Marques, diretor-presidente do CIBiogás, que apresentou um panorama sobre a produção, potencial e aplicações do biometano, além de detalhar a trajetória da instituição na promoção de energias renováveis. “Temos aqui uma unidade em Vila Flórida e nossa escolha por Toledo se dá em razão de o município ser referência em suinocultura sustentável, com produtores que se preocupam em valorizar a destinação dos rejeitos, que está numa região com produtores desta cadeia produtiva que têm maturidade no manejo de resíduos”, explica. “Lidar com este assunto não é mais uma questão de rentabilidade, mas, sim, de competitividade. Para termos uma ideia, Toledo tem potencial de produzir 75 mil metros cúbicos de biometano por dia, quantidade suficiente para abastecer 340 caminhões”, destaca.

Na sequência, o coordenador de Energias Renováveis do IDR-PR e do Programa Renova Paraná, Herlon Goelzer de Almeida, participou por videoconferência, destacando políticas do Governo do Estado de incentivo ao uso de fontes alternativas no meio rural. “Trata-se de um modelo que serve para vários modelos de negócios, integrando cadeias produtivas, aumentando a renda das propriedades, aproveitando melhor os dejetos da suinocultura e seus subprodutos”, destaca. “O consumo de proteína animal está em ascensão no mundo, com mais pessoas chegando à classe média em países com grandes contingentes populacionais, como China e Índia, e, consequentemente, consumindo mais carne. Para atender esta demanda, Toledo precisa reforçar suas ações de tratamento de dejetos da pecuária e só isso não será suficiente para fazermos frente a esta nova realidade, lembrando sempre que não há projeto social e ambiental de maior impacto do que tratar dejetos animais por biodigestão para gerar biometano combustível”, sublinha. 

O painel também reservou espaço para experiências práticas de empresas que já investem na transição energética. O diretor da CRJ Logística e do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Toledo (Sintratol), Celso Antônio Rosa Junior, relatou o investimento de cerca de R$ 40 mil na adaptação de um caminhão para o uso de biometano, com previsão de retorno médio em 14 meses considerando a rodagem mensal de 6 mil quilômetros. 

Foto: Carlos Rodrigues/Secom

Outro exemplo foi apresentado por William Wesendonck, gerente pecuário da Primato Cooperativa Agroindustrial. A cooperativa destinou R$ 20 milhões para um projeto no qual quatro caminhões híbridos, movidos a diesel e biometano foram adquiridos, sendo que dois foram destinados à recolha de dejetos usados na produção do combustível pela empresa e outros dois ao transporte de ração – a meta da Primato é chegar a dez veículos desse tipo até o fim do ano.

Já o empresário Pedro Kohler, da Biokohler Biodigestores, relatou sua trajetória pioneira na geração de biogás a partir de dejetos da suinocultura e destacou a recente aquisição de um caminhão movido exclusivamente a biometano produzido em sua própria unidade.

Após as apresentações, os participantes puderam esclarecer dúvidas e, em seguida, integraram o painel de propostas conduzido pela consultora do Sebrae/PR, Eliane Peinado. Foi neste espaço que se consolidaram as discussões para o desenho coletivo da futura Política Pública do Biometano para Toledo.

O secretário municipal da Agricultura e Proteína Animal, Luiz Carlos Bombardelli, destacou que a reunião representou uma nova etapa no processo de construção da política pública do biometano em Toledo. “Há cerca de dois meses, um workshop já havia reunido produtores e técnicos envolvidos na cadeia produtiva, mas ainda era necessário incluir o setor consumidor. Faltava um elo com as empresas que vão consumir e comprar o biometano, como transportadoras e oficinas que atuam na adaptação e manutenção de motores”, explica. 

Segundo Bombardelli, o diálogo com os empresários amplia o alcance do projeto. “Com isso, a gente vislumbra que, em algum momento, Toledo vai ser o maior produtor de biometano do Brasil”, estima o secretário, acrescentando que a expectativa de curto prazo já aponta resultados concretos: “Hoje temos de 8 a 10 caminhões de transporte pesado usando o biometano, e a tendência é de crescimento, porque essa tecnologia garante uma economia de 30 a 40% no quilômetro rodado”, pontua.

Fonte: Secom/Pref. de Toledo

Veja também

Publicações Legais

Edição nº2790 – 28/08/2025

Cotações em tempo real