A produção de bovinos exige planejamento. Quando o tripé: nutrição, sanidade e genética é estruturado, há um bom manejo da propriedade. Uma organização que atende gado de leite e de corte, e garante ao produtor rural o máximo ganho do rebanho. Quem falou sobre o assunto no Encontro de Inverno foi o médico veterinário de Campo Mourão, Hérico Alexandre Rossetto, que coordenou a estação de pesquisa com o tema ‘Planejamento estratégico na produção de bovinos.’

 Dentro do conceito deste tripé, cabe ao produtor rural, juntamente com o departamento técnico adequar o manejo de acordo com as categorias existentes na propriedade. “No decorrer do ano, em determinados momentos será necessária uma nutrição específica. No inverno, as intempéries climáticas interferem na produtividade das forrageiras, por exemplo. Os pastos têm ciclos definidos, e em certos períodos, pode haver uma baixa oferta decorrente do crescimento dessas forragens. Por isso, o planejamento é fundamental”, orienta Rossetto.

 Conhecendo as categorias existentes na propriedade e o que cada uma precisa, é possível utilizar as forragens e cereais corretos. “É preciso saber o que fazer durante o ano, em cada situação para fechar uma dieta equilibrada e manter os rebanhos de forma correta durante todo o ano. Isso é o ideal na parte nutricional”, reforça Hérico.

Com relação ao aspecto sanitário, o conhecimento também é a chave. “O produtor rural precisa saber quais são as principais doenças infecto contagiosas, parasitárias, que ocorrem na sua região. Assim, ele sabe quais vacinas e controles parasitários precisam ser feitos. Além do combate a roedores e insetos que são vetores de doenças também”, explica o médico veterinário.

Para que o cooperado tenha suporte neste planejamento estratégico, Hérico revela que a Coamo elaborou um calendário para controle de doenças de acordo com cada região da cooperativa. “O associado só precisa ir até a unidade em que é atendido e solicitar o seu calendário, que está à disposição de todos. De posse do mesmo, ele vai planejar com o departamento técnico, e elencar as prioridades para ter o controle profilático correto das principais doenças que possam ocorrer e não ter o desempenho dos animais prejudicados.”

Quanto ao aspecto genético, Hérico Rosseto, destaca que é preciso ter animais com potencial produtivo. “Esse é um aspecto importante para que o produtor rural possa dentro do planejamento sanitário e nutricional dos rebanhos, verticalizar a produção, ou seja, por área ele produzir muito com uma bagagem genética de alta produção tanto no gado de leite quanto de corte. Para isso, ele deve elencar quais são as bases genéticas dos animais que ele vai dispor, cada um tem a base ideal para seu melhor aproveitamento.”

Fonte: Coamo