Frota traz uma tecnologia bastante avançada: ar-condicionado, Wi-Fi, sistema de monitoramento de imagens, carregadores de celular e toda a operação monitorada via GPS. Foto: Gazeta de Toledo

Por Marcos Antonio Santos

A Viação Sorriso de Toledo acaba de receber novos ônibus em sua frota, reforçando o compromisso com a modernização e a qualidade do transporte público na cidade. Esses novos veículos trazem inovações tecnológicas que visam melhorar a experiência dos usuários, oferecendo mais conforto, segurança e acessibilidade. Além disso, os novos ônibus são equipados com motores mais eficientes e menos poluentes, alinhando-se às preocupações ambientais e contribuindo para um transporte mais sustentável. Essa renovação da frota é uma importante conquista para a mobilidade urbana em Toledo.

Os cerca de 16 mil passageiros diários, sendo aproximadamente 50% transportados gratuitamente, já estão realizando suas viagens com os novos veículos, que agora são azuis, seguindo o padrão da empresa, que também opera em outras cidades.

O gerente geral da Sorriso, Daniel Kopicz, comenta que, com o novo contrato de concessão de 10 anos, renovável por mais 10, com o município de Toledo, a empresa deve renovar a frota. Foram adquiridos 27 ônibus e um micro-ônibus, sendo que 10 começaram a circular na última segunda-feira, 23, e mais cinco na terça-feira seguinte. Do total de 28 novos veículos, ainda restam cinco para serem entregues.

“O contrato tem várias exigências do edital, mas uma coisa que podemos destacar, além da idade máxima e da idade média da frota, são as tecnologias embarcadas e a governança do contrato em si. A empresa foi vencedora do processo licitatório, e o edital realmente tratou o sistema de uma forma bastante interessante. Claro que há exigências que a empresa precisa cumprir, uma delas é a renovação da frota, tanto que já fizemos o investimento na aquisição de 28 veículos novos, dos quais 10 começaram a operar, e nesta terça-feira mais cinco foram liberados para operação. Gradualmente, à medida que os veículos são entregues, passam pela vistoria técnica e pelo processo documental e de emplacamento, eles são liberados para a operação. Essa frota traz uma tecnologia bastante avançada: ar-condicionado, Wi-Fi, sistema de monitoramento de imagens, carregadores de celular e toda a operação monitorada via GPS. São vários parâmetros monitorados em tempo real, como forma de condução, impacto, velocidade, frenagens, além do cumprimento dos horários e das rotas. Essa tecnologia vai garantir uma qualidade superior na prestação do serviço”, afirma.

Foram adquiridos 27 ônibus e um micro-ônibus. Foto: Gazeta de Toledo

Segundo Kopicz, o mais importante é que todo esse monitoramento é espelhado em tempo real com a pasta responsável pelo transporte do município, que está vinculada à Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana. “Tudo o que a empresa estiver monitorando ou qualquer ocorrência no sistema será transmitido em tempo real para o setor responsável no município. Além disso, contamos com o reconhecimento facial, que oferece mais segurança para os usuários do transporte público”.

De acordo com o gerente, os ônibus vermelhos ainda continuarão em operação, totalizando, entre novos e seminovos, cerca de 45 veículos para atender à demanda do sistema e à população de Toledo.

O valor da passagem em Toledo é de R$ 3,50. Atualmente, o município subsidia R$ 9,80 por passageiro, e, sem esse aporte, as passagens custariam R$ 13,30. Kopicz informa que o valor do subsídio mensal do município é, em média, de R$ 1,05 milhão, mas, com a nova frota, esse valor será de aproximadamente R$ 1,8 milhão por mês, totalizando R$ 21,6 milhões anuais.

“Muitas vezes as pessoas não conhecem o custo operacional do sistema. Temos um custo de cerca de trezentos mil quilômetros rodados por mês, além da depreciação. O investimento nos veículos, nos equipamentos e a operação em si geram um custo bastante elevado. Os insumos e as peças têm preços altos, e a tecnologia embarcada na nova frota também tem seu custo. Por exemplo, para armazenar as imagens captadas, a quantidade de dados necessária é enorme. O ar-condicionado requer manutenção, e as tecnologias que tivemos de buscar até fora do Brasil, pois o contrato exigia, também geram custos. Vamos ter que aferir e monitorar em tempo real a qualidade do ar dentro dos ônibus, a temperatura do óleo do motor, o torque do motor e a pressão dos pneus. Ou seja, há muita tecnologia embarcada, e tudo isso reflete nos custos”, avalia Daniel Kopicz.