Em tempos em que muitos confundem engajamento cívico com debates rasos em grupos de WhatsApp, o senhor Genésio segue na contramão do barulho. Sua atuação constante em audiências públicas e comissões municipais demonstra que participação popular séria se faz com estudo, números e presença física. Onde há LOA, LDO, prestações de contas ou debates sobre saúde pública, lá está ele — questionando, sugerindo e zelando pelo correto uso do erário.
Técnica acima da política
Genésio não atua por bandeiras ideológicas nem por paixões partidárias. Sua contribuição é técnica, objetiva e responsável, baseada na leitura atenta dos dados e no profundo conhecimento da realidade financeira e administrativa de Toledo. Em especial nas prestações de contas da saúde, suas análises qualificam o debate público e elevam o nível das discussões — algo cada vez mais raro e, por isso mesmo, valioso.
Voluntariado que honra a democracia
Toda a trajetória de Genésio na vida pública se construiu de forma voluntária, espontânea e desinteressada. Não busca holofotes, cargos ou recompensas. Age movido apenas pelo compromisso com a verdade, com a boa gestão e com a convicção de que democracia se fortalece quando a sociedade participa de forma qualificada. Sua postura firme, respeitosa e embasada é exemplo do que deveria ser regra — e não exceção.
Reconhecimento justo, mas ainda insuficiente
O reconhecimento por meio de uma moção de aplausos é merecido, mas claramente modesto diante do legado já construído. Pela relevância de sua atuação e pelos serviços prestados à coletividade, Genésio reúne credenciais para uma homenagem mais robusta. Fica a reflexão — e a sugestão — para que o Legislativo, inclusive o vereador Cerbaro, avalie a concessão de um título condizente com quem fez da participação cidadã um verdadeiro serviço público.
Parceria que vira política pública
A participação público-privada em Toledo começa a deixar de ser exceção e passa a assumir contornos de responsabilidade compartilhada. Quando empresários, associações e a própria comunidade dividem custos de manutenção e investimento urbano, o município ganha fôlego e maturidade institucional. Não se trata de transferência de deveres, mas de corresponsabilidade — algo comum em cidades organizadas e ainda raro no Brasil. Toledo, aos poucos, vai normalizando o que deveria ser regra.
Drift, asfalto e cidadania
Dentro desse espírito, a semana começa com mais um gesto concreto de cooperação. A Associação de Drift de Toledo – DRIFT 45 oficializou a doação do projeto da Pista de Drift, a ser implantada no Autódromo Rafael Sperafico, às margens da BR-163. O documento foi recebido pela Secretaria de Planejamento, Habitação, Urbanismo e Mobilidade Urbana, formalizando uma ação que alia esporte, organização urbana e uso responsável do espaço público. Adeptos da fumaça, das curvas e da dança dos pneus mostrando que paixão também pode virar investimento coletivo.

Quando o palanque tenta substituir o inquérito
Pois é. Enquanto as vereadoras preferiram o atalho do microfone ao caminho do devido processo legal, a realidade — sempre ela — tratou de bater à porta. A denúncia de um “suposto” assedio, que virou espetáculo, discurso inflamado e pose de vítimas profissionais não resistiu ao método básico da delegada Justiça: apurar, ouvir, confrontar versões e decidir.
O resultado? Aquele velho detalhe incômodo chamado ausência de provas.

Fica a lição: Procuradoria da Mulher não é plenário; plenário não é tribunal; e vereadora não é delegada. Transformar acusação isolada em show público pode render aplausos momentâneos, likes e manchetes fáceis — mas também expõe uma prática perigosa: o justiçamento político antes do contraditório.
No fim, quem gritou “justiça” antes da hora precisará, no mínimo, aprender que justiça não se faz no grito, nem na pressa, muito menos na encenação.
Porque quando a verdade chega pelos autos, o discurso pronto costuma ficar sem palco — e sem plateia.
O rito que não existe
No manual básico do Estado de Direito — aquele ignorado por quem confunde mandato com toga — denúncia não vira sentença em plenário.
Existe rito. Existe competência. Existe contraditório. Existe ampla defesa.

O que não existe é vereadora atuando, simultaneamente, como juíza, promotora e delegada, ainda por cima com transmissão ao vivo.
A Procuradoria da Mulher não foi criada para substituir a Polícia Judiciária, tampouco para antecipar veredictos sob aplausos. Quando isso acontece, não é defesa da vítima — é violação do devido processo legal, princípio constitucional elementar que parece ter sido esquecido entre um discurso inflamado e outro.
Presunção de inocência não é detalhe opcional
A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LVII, é clara — até para quem prefere manchete à leitura: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Mas, em Toledo, algumas excelências resolveram inovar. Criaram a culpa por aclamação, decidida no calor do plenário, sem prova, sem inquérito concluído e sem defesa formal. Apenas ouviram a desqualificada “comadre”.
O problema não é apoiar vítimas. O problema é atropelar a legalidade e chamar isso de virtude. Justiça não se faz por empatia seletiva nem por conveniência política. Faz-se com prova — aquela palavrinha ingrata que raramente aparece em discursos ensaiados.
Quando o decoro fica no corredor
Gritar, insinuar, ameaçar e expor nomes antes da apuração não é coragem institucional. É, no mínimo, conduta incompatível com o decoro parlamentar.
Transformar uma acusação isolada em espetáculo público pode configurar abuso de prerrogativa, além de abrir flanco para responsabilização civil e, dependendo do caso, até administrativa.
A pergunta que fica é simples — e incômoda: se o resultado fosse outro, o silêncio seria o mesmo? Ou o plenário só vira tribunal quando convém à narrativa?
Vítimas de microfone desligado
Curioso como algumas adoram posar de vítimas quando o desfecho não confirma o roteiro previamente escrito.
Quando a investigação técnica chega — fria, documentada e sem adjetivos — o discurso perde o tom, a indignação evapora e sobra apenas o constrangimento institucional.
Fica o alerta: justiça não se faz com pressa, nem com holofote.
Quem pula o rito para ganhar aplauso corre o risco de, no final, ficar sem o aplauso e sem a razão.
E aí, não adianta gritar. Os autos não aplaudem.





