No Paraná, o mês com maior número de nascimentos em 2024 foi março, que registrou 9,21% dos nascidos vivos no estado

O IBGE divulgou na última quarta (10) o Registro Civil 2024, e abaixo preparamos algumas informações sobre o resultado de nascimentos, óbitos, casamentos e divórcios no Paraná e nos 10 municípios mais populosos do estado.

Notícia nacional sobre Registro Civil 2024, na Agência de Notícias IBGE, AQUI.

DESTAQUES:

• Em Curitiba, o número de nascidos vivos em 2024 foi 22.474, o que representou uma redução de 3,27% frente a 2023.
• Entre os 10 municípios paranaenses mais populosos, Fazenda Rio Grande registrou o menor percentual de nascimentos em um dos meses de 2024, com 6,53% dos nascimentos em setembro, totalizando 72 novas vidas.
• O Paraná registrou, em 2024, o maior percentual de nascimentos em domicílio dos últimos 10 anos, com 0,41% dos nascidos vivos.
• Maringá, dentre os 10 municípios mais populosos do Paraná em 2024, registrou o maior percentual de gêmeos nascidos em 2024, com 3,13% dos nascimentos com duas vidas por parto.
• O município de Colombo, dentre os 10 mais populosos do estado, registrou o maior índice (0,05%) de nascimentos nos quais a mãe possuía 50 anos ou mais de idade na data do parto, em 2024.
• O Paraná teve um aumento positivo de 123,23% no número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no comparativo dos últimos 10 anos, de 2015 a 2024.
• Dentre os 10 municípios paranaenses mais populosos, Londrina apresentou o maior percentual de uniões homoafetivas, com 2,60% dos casamentos civis em 2024 tendo sido celebrados entre pessoas do mesmo sexo. Em Curitiba, 1,81% dos casamentos civis foram entre pessoas do mesmo sexo.
• Dos 663 casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo realizados no Paraná em 2024, 65,01% foram entre cônjuges femininos, e 34,99% entre cônjuges masculinos.
• Em Cascavel, 9,75% dos homens que se divorciaram em 2024 tinham 65 anos ou mais de idade.
• 13,39% dos divórcios realizados em Curitiba em 2024 tinham como regime de bens a comunhão universal.
• Fazenda Rio Grande (23,87%), Cascavel (11,70%), Maringá (7,90%) e Curitiba (7,80%) foram os municípios com os maiores percentuais de casamentos no Paraná em 2024, em relação a 2023, dentre os 10 municípios mais populosos do estado.
• Em 2024, o Paraná registrou que 54,45% dos óbitos ocorridos foram de pessoas com 70 anos ou mais.
• A faixa etária que teve a maior redução no número de óbitos, ao longo dos últimos 10 anos, foram as pessoas entre 15 e 19 anos. Esta redução foi acompanhada pelo estado (-34,17%) e por grande parte dos municípios, tais como Cascavel (-63,16%), Colombo (-75,68), Curitiba (-57,25%), Fazenda Rio Grande (-87,50%), Foz do Iguaçu (-45,16), Guarapuava (-11,76), Londrina (-55,00%), Maringá (-4,55%) e São josé dos Pinhais (-53,13%).

Em 2024, ocorreram e foram registrados 131.413 nascimentos no Paraná, o que indica uma queda (-6,35%) no número de nascimentos, na comparação com 2023. A variação do estado superou a variação nacional (-5,80%), e também a variação de Curitiba (-3,27%), além de ter sido a maior variação negativa dos últimos 10 anos (2015 a 2024). Entre os 10 municípios mais populosos do Paraná, Cascavel registrou a menor redução no número de nascimentos em 2024 (-1,63%), com 6770 nascimentos, seguido por Londrina (-2,41%), com o registro de 6.468 novas vidas. Na outra ponta, a maior variação foi em Fazenda Rio Grande (-14,96%), com 1.103 nascidos vivos, seguido por Colombo (-10,53%), com 2.006 nascimentos.

No Brasil, 0,49% dos nascimentos foram de mães que tinham menos de 15 anos na data do parto. No Paraná, este mesmo índice foi um pouco menor, registrando 0,30% dos partos (396 nascimentos), e, em Curitiba, o índice foi ainda menor, com 0,12% (28 nascimentos) dos partos de mães que tinham menos de 15 anos de idade na data do nascimento de seus bebês.

Ainda em relação à idade da mãe na data do parto, no comparativo do estado do Paraná e dos 10 municípios mais populosos do estado, todos registraram o maior índice de nascimentos na faixa etária de 25 a 29 anos de idade da mãe na data do parto, exceto o município de Maringá, que registrou o maior percentual de nascimentos na faixa etária de 30 a 34 anos das mães, com 28,48% dos nascidos vivos. Por outro lado, o município de Colombo apresentou o menor percentual de nascidos vivos de mães entre 30 e 34 anos, com 17,2% dos partos.

Foram registrados 58.675 casamentos civis em 2024 no Paraná, um aumento de 3,74% em relação a 2023. As pessoas casaram mais no Brasil, no Paraná e em 9 dos 10 municípios mais populosos do estado em 2024. O município paranaense que registrou o maior aumento em relação a 2023, no número de casamentos civis, foi Fazenda Rio Grande, com crescimento de 23,87%. Se, por um lado, Fazenda Rio Grande viu crescer as celebrações dos casamentos civis, por outro, Colombo reduziu em -4,18% o número de recém-casados no civil em 2024.

Na série aqui proposta, dos últimos 10 anos, é possível identificar que de 2015 a 2024 o município de Guarapuava teve um crescimento de 22,92% no número de casamentos civis. Como efeito comparativo, o Brasil no mesmo período apresentou uma variação negativa de -17,23% no número de casamentos civis. A tendência de encolhimento no volume de casamentos civis foi acompanhada pelo Paraná, que reduziu em -9,68% o volume de uniões de 2015 para 2024. Ao aprofundar esta análise, é possível verificar que, de 2015 a 2024, o crescimento populacional de Guarapuava foi de 5,94%, significativamente menor que o crescimento do volume de casamentos civis. Sim, os guarapuavanos estavam mais animados que a média brasileira para viver uma nova união.

Casamento civil entre pessoas do mesmo sexo representa 1,12% dos casamentos no Paraná

O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado no Brasil em 16 de maio de 2013, obrigando os cartórios a realizarem casamentos entre casais do mesmo sexo. De lá pra cá, 94.027 casamentos homoafetivas foram realizados no Brasil, e 4.619 casamentos foram realizados no Paraná. Em 2024, o Paraná realizou 663 casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, em uniões homoafetivas, o que representou uma variação positiva de 14,31% no número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, em comparação com o ano anterior.

Divórcios diminuíram 0,83% entre 2023 e 2024 no Paraná

Foram concedidos 23.397 divórcios em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais em 2024 no Paraná, uma redução de 197 divórcios (-0,83%) em relação a 2023, quando foram concedidos 23.594 divórcios. Curitiba também apresentou uma diminuição no número de divórcios em 2024, com -2,49% em relação ao ano anterior.

Dentre os 10 municípios mais populosos do Paraná, Ponta Grossa e Guarapuava tiveram os maiores percentuais de aumento no número de dissoluções de 2023 para 2024, com 12,54% e 6,34%, respectivamente. Por outro lado, em Fazenda Rio Grande, as dissoluções apresentaram uma redução significativa (-23,95%), com 426 divórcios realizados em 2023, e 324 divórcios realizados em 2024.

Em relação ao tempo transcorrido entre a data do casamento, e a data da sentença ou escritura de divórcio, os casamentos que duraram 26 anos ou mais representaram o maior grupo, respondendo por 20,21% dos divórcios no Paraná em 2024. Na sequência, os casamentos entre 10 e 14 anos representaram 14,91% dos divórcios realizados em 2024 no Paraná, e as dissoluções antes de 1 ano de casamento representaram 4% dos divórcios no estado.

Óbitos aumentaram 26,56% em dez anos no Paraná, em especial nas faixas etárias mais altas

O volume de óbitos ocorridos no Paraná, entre 2015 e 2024, teve um acréscimo de 26,56%, passando de 70.250 ocorrências em 2015 para 88.905 em 2024. Enquanto nas idades iniciais os declínios foram significativos, para as idades acima de 60 anos foram observados aumentos importantes, fruto do envelhecimento populacional. O Paraná apresentou redução expressiva na mortalidade de crianças de até 1 ano de idade (-23,73%), passando de 1.715 mortes em 2015, para 1.308 óbitos em 2024. A variação de 2023 para 2024 também foi significativa, com uma redução de 10,59% dos óbitos de crianças com menos de 1 ano.

Em 1976, os óbitos de menores de 1 ano e de menores de 5 anos representavam 27,82% e 34,74% do total de óbitos no Brasil, respectivamente. Quase cinquenta anos depois, os avanços conseguidos em termos de diminuição da mortalidade das crianças menores de 5 anos foram significativos no país, e estes percentuais passaram a representar 1,71% e 0,37%, respectivamente. Observa-se a mesma tendência no Paraná, que em 2024 registrou 1,47% dos óbitos de crianças menores de 1 ano, e 0,35% dos óbitos de 1 a 4 anos de idade.

Por outro lado, o aumento dos óbitos da população com idades acima de 60 anos no Paraná segue crescente, de 43,37% em 1984, para 72,65% dos óbitos ocorridos e registrados em 2024. Esta tendência de aumento do número de óbitos nestas faixas etárias é explicada pela diminuição generalizada dos níveis de mortalidade nos demais grupos de idade. Pessoas que até então não conseguiam alcançar as idades mais avançadas, em função do alto nível de mortalidade, começaram a envelhecer, fazendo com que o número de óbitos acima de 60 anos aumentasse ao longo deste período.

Fonte: Assessoria