Foto: Dielson Pickler

Na noite dessa quinta-feira (31), o Auditório Acary Oliveira, no Paço Municipal Alcides Donin, reuniu moradores e autoridades de Toledo para a apresentação do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem do lago do Parque Ecológico Diva Paim Barth. Este local, principal cartão-postal do município, foi tema de um detalhado encontro conduzido por especialistas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e da Defesa Civil de Toledo, que esclareceram à população as medidas preventivas e os protocolos a serem seguidos em caso de possíveis emergências.

A iniciativa faz parte do cumprimento do regramento estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e fiscalizado pelo Instituto Água e Terra (IAT). Esses órgãos exigem que sejam desenvolvidos e divulgados planos de ação para barragens, visando minimizar os riscos e impactos em situações de emergência. No caso da barragem do Parque Diva Paim Barth, a Prefeitura de Toledo solicitou um estudo de simulação de ruptura do lago junto à Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-graduação (Fundep), ligada à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os dados coletados e analisados por pesquisadores da Fundep foram essenciais para embasar o PAE apresentado.

Durante o evento, foram detalhados os cenários de impacto e as ações estratégicas de evacuação e alerta que seriam adotadas em um eventual rompimento da barragem. “Todos os municípios do Estado foram demandados pelo IAT, que tem um departamento específico para barragens e estabelece algumas exigências”, explica o secretário do Meio Ambiente, Junior Henrique Pinto. “Em Toledo, temos a barragem do Diva Paim Barth e a do Parque do Povo. Dependendo do grau de risco, alguns documentos são exigidos para garantir a estabilidade. No caso do Diva, que tem um risco de nível médio, foi preciso fazer inspeções e alguns procedimentos específicos que compõem o plano de segurança de barragem”, comenta.

Junior detalhou que esse plano de emergência é ativado em situações extremas, como grandes volumes de chuva que poderiam causar um rompimento da barragem. “Fizemos simulações dos possíveis danos de uma ruptura, considerando um volume pluviométrico de sete dias, semelhante ao das enchentes no Rio Grande do Sul ocorridas em maio. No nosso caso, se houvesse uma ruptura, os danos ficariam restritos à área próxima à península e à jusante da Sanga Panambi, afetando dois ou três imóveis, com extravasamento de, no máximo, 20 centímetros”, detalha. “Nossas inspeções demonstraram uma segurança muito sólida na barragem do Diva Paim Barth. De qualquer forma, simulamos o rompimento e verificamos que, caso aconteça, os danos seriam muito pequenos”, reforça.

O secretário destaca ainda que a apresentação do PAE cumpriu todas as exigências do IAT. “Com essa atividade de ontem, agora encaminharemos a documentação para avaliação pelo Departamento de Barragem. Já a documentação referente ao Parque do Povo, que tem um nível de risco mais baixo, esta já está com o IAT, pois poucas exigências foram solicitadas lá”, pontua.

Fonte: Decom/Pref. de Toledo