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Os benefícios do projeto de ampliação do transporte ferroviário

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Dilceu Sperafico*

            Os produtores e exportadores de alimentos do Paraná, que estão entre os maiores do mundo, têm novas razões para investir cada vez mais em qualidade, produtividade e sustentabilidade de suas atividades, pois há a possibilidade de grandes ganhos em competitividade, já na próxima década.

Esse avanço, como se sabe, é decisivo no mercado globalizado e cada vez mais exigente e concorrido. A boa notícia, anunciada recentemente por integrantes do Plano Ferroviário Paranaense, prevê a expansão em 500% ou cinco vezes o atual volume de carga escoada por trens desde as regiões produtoras até terminais do Porto de Paranaguá, no litoral do Estado.

O grupo de trabalho, formado por representantes do Governo do Estado, indústria, comércio, agricultura, operadores do sistema e empresas de engenharia, está elaborando o chamado Plano Ferroviário Paranaense e elegeu como meta atingir 50 milhões de toneladas transportadas anualmente até o Porto de Paranaguá em 2030.

Para isso, segundo seus dirigentes, o sistema de transporte ferroviário de cargas do Estado e Sul e Sudoeste do País terá de passar por grandes transformações nos próximos 10 anos, quintuplicando o volume de cargas conduzidas por trens até o Porto de Paranaguá, o maior exportador de produtos agrícolas do País, até 2030.

O estudo deverá estar concluído até o fim deste ano, com a definição de objetivos de curto, médio e longo prazos, previsão de investimentos e atribuições de cada setor nessa empreitada fenomenal.

            Na elaboração dos projetos estão sendo buscadas e avaliadas soluções para alguns gargalos históricos do escoamento através de ferrovias da produção agrícola do Estado, especialmente no trecho da Serra da Esperança, entre as cidades de Guarapuava e Ponta Grossa, e na descida da Serra do Mar, entre a capital Curitiba e o Porto de Paranaguá.

Outros desafios, incluem a construção de novos trechos de ferrovias, como entre as cidades de Cascavel e Guaíra, no Oeste do Paraná, prosseguindo até Dourados, no Mato Grosso do Sul, e até o Paraguai, passando por Foz do Iguaçu, após estudos que avaliam a viabilidade técnica e econômica desses empreendimentos.

            Conforme membros do grupo de trabalho, a malha ferroviária do Paraná tem a extensão de 2,4 mil quilômetros em diversas regiões e com dimensões diferentes entre os trilhos. 

A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.) Foto: Jorge Woll/DER

A empresa Rumo detém a concessão até 2027, de mais de dois mil quilômetros, o equivalente a 85% das atuais linhas ferroviárias. Os demais 249 quilômetros, em trecho que liga Cascavel a Guarapuava, são administrados pela Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A ou Ferroeste, empresa de economia mista, controlada pelo Governo do Estado.

            Pelas informações disponíveis, as primeiras ações do Plano Ferroviário Paranaense começam pela substituição de dormentes e trilhos em trechos onde a manutenção vem sendo realizada de maneira precária nos últimos anos.

No médio prazo, o empreendimento inclui a modernização de equipamentos, como locomotivas e vagões, além da implantação de terminais de transbordo modernos e eficientes.

            Com os avanços previstos, no curto e médio prazo, o volume de carga escoado até o Porto de Paranaguá, atualmente em torno de 10 milhões de toneladas por ano, deverá ser dobrado ou até chegar a 25 milhões de toneladas, beneficiando o agronegócio e a indústria de transformação do Estado e do Sul do País.

*O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

  E-mail: dilceu.joao@uol.com.br

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Edição nº2785 – 18/06/2025

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