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Filha de uma usuária de drogas, a criança de quatro anos apresentava marcas de violência física e disse aos policiais que pegava comida do lixo para comer
Da Redação
Mais um caso absurdo de negligência e maus-tratos envolvendo uma criança foi registrado em Toledo, quando, na tarde de ontem (09/05), a Polícia Militar se deparou com uma situação gritante.
De acordo com o que nos foi informado pelo 19º Batalhão, a corporação recebeu denúncias sobre uma possível ocorrência com crime de maus-tratos a uma criança. De imediato, uma equipe policial foi até o endereço informado, localizado no Jardim Panorama, e pôde constatar que ali estava uma criança de quatro anos, visivelmente desnutrida e exposta a um cenário terrível de abandono e propício a doenças.
A responsável materna, usuária de entorpecentes, não se encontrava no local. Diante do chocante flagrante, foi solicitado o apoio do Conselho Tutelar. Devido ao quadro avançado de abandono, os conselheiros entenderam por bem acolher a criança, em cumprimento ao previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Leia abaixo o relato descrito pelos policiais militares sobre o que viram e em que condições encontraram a criança. Logo após, assista ao vídeo, onde o 2º Tenente Erivelton, Oficial de Comunicação do 19º BPM, comenta a ação policial.
“Lixo. Muito lixo. Um local propício para a propagação de doenças em que os envolvidos normalizaram a presença de ratos e baratas. Esse foi o ambiente encontrado pela equipe em que uma criança de quatro anos vivia.
A descoberta ocorreu após ligações de vizinhos direcionadas à Central darem conta de que uma criança estaria sendo agredida fisicamente pela mãe. Quando a criança, sozinha e sem camiseta, deslocou em direção à guarnição, foi possível verificar seus ossos em evidência, a demonstrar um quadro severo de desnutrição. Questionada se, durante o dia, havia se alimentado, disse que até o momento, havia comido apenas um pedaço de pão que havia encontrado no lixo.
De igual forma, vizinhos relataram que a criança vive em constante abandono e frequentemente é vista sozinha vagando pelas ruas sem a presença de qualquer responsável. Os conselheiros tutelares constataram uma lesão superficial na região esquerda da face da infante, motivo pelo qual foi encaminhado o presente feito à 20ª SDP para providências pertinentes ao caso.
A mãe, que segundo a avó é usuária contumaz de entorpecentes, está desprovida do mínimo discernimento necessário para o eficaz provimento das necessidades básicas da infante, e evadiu-se, tomando rumo ignorado.
A fim de proteger os direitos da criança, foi, conforme preconiza o imperativo da norma de regência (Estatuto da Criança e do Adolescente), solicitado a presença do Conselho Tutelar, que, devido ao quadro avançado de abandono, entendeu por bem recolhê-la, estando entregue aos cuidados dos conselheiros tutelares”.
Assista a seguir, o relato do 2º Tenente Erivelton: