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Obesidade no Brasil: dados alarmantes e desafios para a saúde pública

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Foto: Istock/klebercordeiro

Crescimento do excesso de peso coloca em alerta autoridades de saúde e exige novas estratégias de prevenção e tratamento no país

A obesidade se tornou um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. Mais do que uma questão estética, trata-se de um fator de risco que afeta diretamente a qualidade de vida da população, amplia a incidência de doenças crônicas e pressiona os sistemas de saúde.

Levantamentos recentes revelam a dimensão do desafio. O Relatório Global de Obesidade 2025, divulgado pela Agência Brasil, aponta que 68% dos brasileiros vivem com excesso de peso. Entre eles, 31% estão obesos e 37% apresentam sobrepeso. Outro estudo da Fiocruz Brasília mostra que 56% dos adultos já convivem com essa realidade: 34% com obesidade e 22% com sobrepeso.

O avanço foi acelerado nas últimas duas décadas. Em 2003, apenas 12,2% dos adultos eram obesos. Em 2019, o número havia mais que dobrado, chegando a 26,8%, de acordo com dados do IBGE e do Conselho Federal de Nutricionistas. Esse crescimento indica que o problema não se restringe a hábitos individuais, mas envolve fatores sociais, econômicos e culturais.

Obesidade no Brasil: um problema crescente de saúde pública

Os impactos econômicos também são expressivos. O excesso de peso está associado a doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. Com isso, aumentam os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) em consultas, internações e tratamentos prolongados, sobrecarregando recursos já limitados.

As projeções para o futuro reforçam a urgência do tema. Segundo estimativas da Fiocruz Brasília, até 2044, quase três em cada quatro brasileiros adultos poderão viver com excesso de peso. A previsão indica 48% da população com obesidade e 27% com sobrepeso. Esse cenário reforça a necessidade de políticas públicas permanentes, com foco em prevenção, educação alimentar e incentivo à prática de atividades físicas.

Dados recentes e novas alternativas no combate à obesidade

O enfrentamento da obesidade exige estratégias múltiplas. Programas que ampliem o acesso a alimentos saudáveis, políticas que incentivem hábitos ativos e ações de educação em saúde são pontos fundamentais. Mas especialistas destacam que essas medidas, por si só, não conseguem alcançar todos os casos, especialmente quando já existe um quadro avançado da doença.

Nos últimos anos, novas opções de tratamento começaram a surgir. Em junho de 2025, a Anvisa aprovou o uso do Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da obesidade, além da indicação já existente para a diabetes tipo 2. O medicamento pode ser prescrito para adultos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou a partir de 27, quando há doenças associadas, como hipertensão, apneia do sono ou diabetes.

Embora não substitua a necessidade de mudanças de estilo de vida, o medicamento reforça o papel da medicina no suporte ao controle do peso e no tratamento de comorbidades. Especialistas alertam, no entanto, que o uso deve ser sempre acompanhado por profissionais de saúde, dentro de uma abordagem integrada.

A combinação entre políticas públicas eficazes, maior acesso a cuidados médicos e avanço de tratamentos inovadores é considerada essencial para reverter projeções tão preocupantes. Se nada for feito, o número de brasileiros com excesso de peso seguirá em alta nas próximas décadas, ampliando custos sociais e econômicos.

Somente com esforços conjuntos será possível frear o avanço desse problema e garantir melhores condições de vida para milhões de brasileiros.

Fonte: Assessoria

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Edição nº2793 – 25/09/2025

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