Relatei nessa coluna durante essa semana, informações sobre parte das ações que mais marcaram e destacaram os ex-prefeitos, assim como os ex-vices, dos últimos 37 anos. Pontuei aqui parte dos acertos e dos erros dos mesmos em suas gestões.
Na coluna de sexta, descrevi os pontos positivos e negativos dos 7 postulantes ao cargo de prefeito, e hoje quero descrever sobre os 7 candidatos a vice-prefeito de Toledo. Eles são eleitos de forma vinculada e exercem papel importante na administração municipal, colaborando com o planejamento e efetivação das políticas públicas necessárias à comunidade toledana.
Em resumo, o “vice” é o sucessor direto do prefeito em casos de vaga do cargo e o substituto em situações como licença ou impedimento. Assim, faz-se relevante o eleitor conhecer também a pessoa que almeja esse cargo público, buscando entender seus principais posicionamentos e ideias quanto a gestão da Prefeitura de Toledo.
Não quero, como conhecedor, deixar relatar os fatos que vivenciei nesses 38 anos dedicados a política e aos políticos de Toledo. Discorde, e me conteste; terei o prazer de publicar o contraponto.
Marcos Zanetti
Pontos positivos
- Nasceu em Toledo, começou trabalhar cedo, ainda muito jovem, e tornou-se empresário do setor farmacêutico. Foi a própria comunidade que o convenceu a seguir para a vida pública. Estudou Gestão Pública e Direito. Disputou, e na primeira tentativa, conquistou uma cadeira na Câmara de Vereadores de Toledo.
- Marcos elegeu-se pelo Partido dos Trabalhadores, mas o PT parecia não estar nele. Chegou trazendo um discurso serene o coerente, mas tinha a forte marca das políticas sociais. Venceu na condição de situação do então prefeito Beto Lunitti, mas deixou claro que a fiscalização não ficaria de lado. Marcos surpreendeu aos mais exigentes críticos com um mandato que caminhou na linha do bom senso e equilíbrio, apresentando leis bem fundamentadas, conhecimento técnico e a facilidade de conversar com todas as correntes políticas sem dificuldades.
- Integrou comissões e manteve-se coerente, serene e com o pulso firme. Tem um aspecto de gestor moderno. Caminha por todos os segmentos da sociedade, mas faz questão de manter-se na comunidade em que cresceu. Respeitado pelo empreendedorismo, conta com uma ficha política sem máculas.
- O segundo mandato chegou com o dobro de votos, resultado do reconhecimento popular. O próximo ninho de Marcos Zanetti foi o PDT, legenda que ele presidiu e ficou até poucos meses. Marcos caminhou com independência, conduziu com firmeza os trabalhos que presidiu, como por exemplo, o Conselho de Ética, no momento mais tenso de toda sua história.
- Ainda no segundo mandato veio também a humanização das ações e das leis propostas. Seguiu discutindo e trabalhando com todas as correntes políticas e isso incluiu votar pautado na importância da lei e não em seu aspecto político. Marcos provocou a gestão de Lucio com propostas, quase sempre acatadas.
- Disse sim para a composição, mas alertou que deseja mudanças internas no futuro governo. Foi recebido com respeito e unidade na coligação, trazendo consigo o Governo do Estado para sentar novamente na mesa de Toledo, em uma ponte muito bem pavimentada e conduzida pelos dirigentes locais do PSD que não mediram esforços para construir a candidatura de Zanetti.
Pontos negativos
a) Marcos em muitas situações foi o mediador de conflitos. Uma ponte entre os extremos que sempre foram observados no campo político local. Algumas vezes perdeu a paciência e manifestou sua indignação com situações que atingiam a comunidade, surpreendendo até os mais próximos, algo que não foi bem aceito.
Beto Ignácio
Pontos positivos
- Beto Ignácio é o típico cidadão, no sentido mais literal da palavra. Nunca ocupou cargo político, mas cresceu em Toledo e nunca se omitiu da luta pela comunidade.
- Foi Guarda Mirim e isso o credenciou para o trabalho e para a vida em sociedade. Morou no exterior e por lá trabalhou arduamente.
- Beto não pensa duas vezes se o assunto é auxiliar o próximo. Ao lado de sua família, está sempre ligado e disponível para atender as reivindicações populares.
- Beto é um empresário bem sucedido e ligado a diversos setores da comunidade. Está à frente de sua legenda partidária e por lá revelou-se um grande articulador político, fato que o levou ocupar um espaço mais expressivo na disputa. No entanto, a gestão pública é novidade para Beto Ignácio.
- Bem relacionado com outras forças políticas do Estado, ele segue fortalecendo outras lideranças que junto com ele buscam uma renovação do espaço político.
Ademar Dorfschmidt
Pontos positivos
- Ademar está em seu 3 mandato de vereador. Já presidiu a Câmara de Vereadores e exerceu seus mandatos tanto na situação como na oposição. Foi candidato a Câmara dos Deputados e tem buscado chegar na majoritária há alguns anos, fato que agora tornou-se real.
- Realizou mandatos combativos na câmara, levantou a bandeira da saúde. Nunca deixou de atender quem quer que seja.
- Conquistou o SELO de “beneficência” ao Hoesp.
- Um líder comunitário na região em que atua e reside, Ademar teve excelente votação e a chance de se reeleger para a função de vereador era grande. Na chapa com Beto Lunitti terá que provar que se construiu como gestor.
- Apesar da troca recente de partido, Ademar sempre militou na mesma esfera política que Lunitti. A ida para o Cidadania teria sido calculada para a composição que já estaria certa no ¨fio de bigode¨. Parte do MDB manifestou-se oposta a essa situação, mas a construção se mostrou possível.
Pontos Negativos
- Levantou situações coerentes, mas deixou algumas dúvidas no ar. Uma delas foi provocada pelo desgaste de ter realizado uma viagem mal explicada que terminou no Ministério Público e em um processo que ainda está vigente.
- Dois de seus acompanhantes já foram julgados e condenados.
- Depois disso, envolveu-se na polêmica dos loteamentos. Novamente rendeu processos, devolução de dinheiro e um desgaste muito grande.
Ademar seguiu afirmando que a intenção era a melhor: proporcionar a população um acesso muito mais barato para habitação. A Justiça não concordou.
Professora Joana Darc
Pontos positivos
- A professora Joana Darc é sinônimo de lutas sociais. Filiada ao Partido dos Trabalhadores, ela já disputou outras eleições, inclusive na majoritária ao lado do ex-vereador Adriano Remontti (PT).
- Joana sempre esteve a disposição do seu partido e da militância. Atenta sobre as questões femininas e também atenta aos trabalhos comunitários. Respeitada dentro da legenda, traz uma forte experiência nos debates e têm uma visão ampliadas para as causas e movimentos sociais.
- Luta pela inclusão da mulher em todos os meios e demonstra um grande conhecimento histórico. Joana integra através do seu casamento uma família de pioneiros da cidade de Toledo. A professora vai para a disputa ao lado de outra mulher, a assistente social Jaqueline Machado
Cosmes Francisco (desconhecido)
Não conseguimos informações nem contatos.
Fábio Kukowitsch
Pontos positivos
- Fábio é farmacêutico, reside e tem farmácia situada na Pioneira, um dos maiores domicílios eleitorais de Toledo.
- Ele tem a missão de emprestar para a Simone Sponholz um pouco de popularidade e circulação por outras classes econômicas e culturais. Fábio é filho de família pioneira na cidade de Toledo.
- Fábio está alinhado ao Governo Federal e aos movimentos de direita, assim como Simone. Jovem e interessado no processo político, Fábio também busca renovação.
- O nome dele foi anunciado recentemente pelo seu grupo, que preferiu seguir de maneira independente. Não possui experiência na vida pública.
Amanda Lopes da Silva
Pontos positivos
- Amanda Lopes é arqueóloga, filha de uma tradicional família do ramo de contabilidade. Seus pais sempre foram próximos ao ex-prefeito Albino Corazza Neto, que articulou a participação de Amanda na chapa majoritária.
- Esposa e mãe, a jovem tem fácil comunicação e desprendimento social. Ao lado de Corazza deve protagonizar uma campanha sem coligações, orientação do PDT em todo o Estado.