Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Dilceu Sperafico*

A iniciativa do Paraná de assumir a condição de “supermercado do mundo”, graças à sua capacidade e potencial de produção, transformação e exportação de alimentos de qualidade, saudáveis e com diversidade e sustentabilidade, reforça nossa opinião sobre a importância do agronegócio para o desenvolvimento e bem-estar do Estado, do País e do planeta. Para isso, o Paraná exportou 8,6 bilhões de dólares em alimentos e bebidas para 172 países, de janeiro a julho de 2024, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta. Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com 3,6 bilhões de dólares de produtos deste segmento comercializados. Na sequência estão o Irã com 292 milhões de dólares; Emirados Árabes Unidos, com 271 milhões; Indonésia, com 224 milhões; Coreia do Sul, com 222 milhões; Holanda com 220 milhões; Japão, com 195 milhões; e México, com 190 milhões de dólares.

Também estão entre os maiores clientes dos produtos paranaenses outros gigantes da economia global, como Estados Unidos, com importações de 118 milhões de dólares; Egito, com 116 milhões; França, com 116 milhões; e Alemanha com 116 milhões de dólares, além de pequenos países e territórios, como Palau e Samoa Americana, ambas da Oceania; Gibraltar, da Europa; e Montserrat, do Caribe.

Conforme a análise do Ipardes, ao longo dos últimos cinco anos a estratégia de consolidar o Paraná como grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados 5,6 bilhões de dólares em produtos alimentícios. O total de grandes importadores de alimentos paranaenses também aumentou no período.

Nos primeiros sete meses de 2019, 22 países importavam 50 milhões de dólares em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 36 países superaram essa marca. Ao longo desses anos, vários países também aumentaram as importações de alimentos do Paraná. A China, por exemplo, elevou a aquisição de alimentos paranaenses em 76,7%. Para os Estados Unidos, as exportações foram elevadas em 43,7% no período.

Países como Índia, Irlanda, Indonésia, México, Vietnã, Egito, Tailândia e Turquia mais do que dobraram as importações de produtos alimentícios do Paraná ao longo de cinco anos. O principal produto

alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e julho foi a soja, com 3,5 bilhões de dólares, seguida pela carne de frango, com 2,1 bilhões; farelo de soja, com 859 milhões; açúcares e melaços, com 831 milhões; carne suína 199 milhões; e café torrado, com 182 milhões de dólares.

O Estado ainda exportou uma série de produtos industrializados e com valor agregado, como sucos, com 44 milhões de dólares; filés de peixe, com 19 milhões; e chocolates e preparações de cacau, com 10 milhões de dólares. Para nosso orgulho e satisfação o Oeste do Paraná contribuiu muito para o feito e prova disso é que dezenas de municípios da região têm Valores Brutos da Produção Agropecuária (VBPA), de mais de um bilhão de reais.

*O autor é deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado E-mail: dilceu.joao@uol.com.br