Dilceu Sperafico. Foto: José Fernando Ogura/AEN

 Por Dilceu Sperafico*

Residir, trabalhar e/ou estudar no Oeste do Paraná trata-se de verdadeiro privilégio para a maioria dos brasileiros, pois a região concentra três dos 100 municípios mais “ricos” ou desenvolvidos do País, garantindo qualidade de vida à população, graças à infraestrutura urbana e rural exemplar, qualidade dos serviços públicos e até mesmo paisagens e fenômenos naturais atrativos para turistas do Brasil inteiro e exterior.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, divulgados em 16 de dezembro último, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, pela ordem, são os municípios da região com maior geração de riquezas e  renda coletiva do País, graças ao desempenho de setores como o agronegócio, indústria e comércio, transporte e turismo, seguidos dos demais segmentos produtivos.  

De acordo com o IBGE, no Paraná são nove as cidades com crescimento vertiginoso, acima da média, com 284 dos 399 municípios do Estado subindo de posição no ranking nacional do PIB em 2020. Para especialistas do órgão, o desempenho da economia dos municípios do interior do Paraná está diretamente relacionado à produção agropecuária, cujas atividades se refletem positivamente em outros segmentos produtivos, como a indústria de transformação, distribuição, transporte e comércio de alimentos e exportações de grãos e proteínas animais.

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Graças à essa estrutura produtiva, o Paraná cresceu muito nos últimos anos e chegou à condição de 4ª maior economia do Brasil, com PIB de 487,93 bilhões de reais, alcançado esse recorde pela 2ª vez na história recente. Para isso, o Estado ultrapassou o Rio Grande do Sul, como já havia acontecido em 2013. Em 2020, segundo o IBGE, o Paraná também registrou a maior participação da história na formação do PIB brasileiro nas duas últimas décadas, contribuindo com 6,412% de todas as riquezas geradas no País.

Conforme o estudo do IBGE, os 25 maiores PIBs do Estado pertencem aos municípios de Curitiba, em 6º lugar; São José dos Pinhais, em 46º; Londrina em 47º; Maringá em 52º; Araucária em 53º; Foz do Iguaçu em 59º; Ponta Grossa em 62º; Cascavel em 80º; Paranaguá em 97º;  Guarapuava em 159º; Toledo em 178º; Pinhais em 188º; Colombo em 227º;  Campo Largo em 238º; Cambé em 240º; Campo Mourão em 247º; Arapongas em 256º; Telêmaco Borba em 270º; Pato Branco em 273º; Umuarama em 300º; Apucarana em 328º; Castro em 335º; Francisco Beltrão em 342º; Rolândia em 362º; e Marechal Cândido Rondon na 379ª colocação, considerando as posições de 5.568 cidades brasileiras.

No Paraná, o recorde de desenvolvimento em 2020 ficou com o município de Tamarana, do Norte do Estado, que avançou 1.248 posições no ranking nacional, passando da 2.062ª em 2019 para 814º lugar em 2020, como resultado de crescimento do PIB de 299 milhões de reais 1,15 bilhão de reais. O segundo maior crescimento ficou com o município de Campo Bonito, do Oeste do Paraná, que saltou do 3.392º lugar para a 2.604ª colocação no ranking das economias municipais do País, subindo 788 posições de 2019 para 2020.

Para avaliar a importância do agronegócio, da indústria de transformação e das exportações de alimentos do Paraná, basta lembrar os municípios do interior do Estado responderam por 66,1% do PIB do Paraná em 2020. Em 2018, o índice era de 50,9% e, no mais recente levantamento, de 49,3%.

*Dilceu Sperafico é deputado federal eleito pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado.

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br