A UBI é considerada uma das startups do futuro no Brasil, na área de mobilidade urbana, segundo o relatório do Banco de Desenvolvimento da América Latina
O Brasil tem atualmente o 3º trânsito mais violento do mundo, contabilizando cerca de 40 mil óbitos por ano e aproximadamente 600 mil vítimas com sequelas permanentes, de acordo com o Ministério da Saúde. Diante desse problema, gestores públicos e a sociedade civil têm buscado soluções para prevenir e diminuir esses índices. Foi esse cenário que chamou a atenção dos empreendedores Carlos França e Bruno Soares (foto), idealizadores da UBI – considerada uma das startups do futuro no Brasil, na área de mobilidade urbana, segundo o relatório do Banco de Desenvolvimento da América Latina.
A startup realiza a coleta, consolidação e análise de dados de acidentes de trânsito, informações que permitem entender quais os padrões e peculiaridades de áreas de conflito em rodovias e perímetros urbanos. A partir disso, é possível apontar quais as intervenções mais adequadas, visando reduzir prioritariamente os acidentes graves e fatais.
A UBI está conduzindo uma parceria com projeto piloto para testes junto ao Departamento de Trânsito do Paraná – Detran/PR, e já está presente em outros oito municípios do Estado. Um dos grandes diferenciais é o sistema próprio de georreferenciamento desenvolvido e patenteado pela empresa, a plataforma coleta dados de órgãos oficiais como Bombeiros (SIATE/SAMU), Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Secretarias de Saúde, Departamento de Estradas de Rodagem – DER, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, entre outros. As informações disponibilizadas por esses órgãos não qualificam nomes de envolvidos e dados de veículos, respeitando o que preconiza a Lei Geral de Proteção de dados – LGPD.
Entre as informações fornecidas pela plataforma UBI estão dados de atendimento de acidentes no município; georreferenciamento de endereços para serem exibidos em mapas; avaliação de causas de ocorrências graves e fatais; relatórios sofisticados e flexíveis e padronização de dados de acordo com o padrão internacional da Organização Mundial da Saúde – OMS. A metodologia foi pensada para apoiar as demandas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que tem como meta diminuir os acidentes graves e fatais no país até 2030.
As informações coletadas são repassadas ao órgão contratante e com os dados é possível definir ações estratégicas de prevenção e intervenções pontuais baseadas nas informações analisadas. Bruno Veloso explica que a plataforma visa diretamente o bem-estar social. “Um acidente pode causar a perda de bens materiais, e pior, tira a vida de centenas de pessoas todos os dias, isso gera um grande problema social e econômico. Temos que ter consciência e criar novas soluções e estratégias para combater a violência no trânsito no Brasil”.
A empresa firmou em 2020 uma parceria junto ao Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura – ITTI da Universidade Federal do Paraná – UTFPR. Com profissionais altamente capacitados em engenharia de tráfego, o ITTI atua em projetos pontuais com a UBI, emitindo pareceres técnicos e indicando as melhores intervenções de infraestrutura e engenharia. “Com essa plataforma podemos apresentar à sociedade uma forma de colocar planos em prática para que os principais fatores causadores de acidentes sejam reduzidos. O UBI facilita a busca pelas soluções”, acrescenta Bruno.
No Biopark o objetivo é ampliar a atuação da startup. “Atualmente temos bases em Cascavel e Curitiba, no Biopark, vamos buscar parcerias com as empresas residentes, além de trabalharmos em avanços para nossa plataforma. A UBI é uma ferramenta primordial para a análise de acidentes graves e fatais que, com certeza, auxiliará o gestor público a melhorar a trafegabilidade e segurança nas vias de sua cidade”, finaliza Bruno.
Fonte: Assessoria