Por Marcos Antonio Santos
A ovitrampa é uma armadilha usada pela Vigilância Epidemiológica para monitorar a presença do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O dispositivo consiste em um recipiente escuro com água e uma palheta de madeira, onde as fêmeas depositam seus ovos. As armadilhas são instaladas em pontos estratégicos da cidade e verificadas semanalmente pelos agentes de endemias.
Com base na quantidade de ovos encontrados, é possível identificar áreas com maior risco e intensificar as ações de combate ao mosquito. A população também deve colaborar, eliminando criadouros e recipientes com água parada.
TOLEDO – A Vigilância Epidemiológica de Toledo está utilizando essa nova metodologia de monitoramento, que permite identificar a presença do mosquito Aedes aegypti antes que ocorram casos de dengue. A ferramenta tem ajudado a otimizar os recursos e tornar as ações de combate mais rápidas e precisas.
O coordenador do Setor de Controle e Combate às Endemias, Antônio José Sousa de Moraes, explica que o método representa uma mudança importante na forma de atuação.
“A ovitrampa veio para antecipar o trabalho que antes era feito apenas após o registro de casos da doença. Antes, a gente só atuava quando recebia a notificação de um paciente doente. Por exemplo, se aparecia um caso no bairro Europa, os agentes iam até lá fazer o bloqueio. Mas muitas vezes o mosquito nem estava naquela região, e acabávamos desperdiçando recursos públicos”, destaca.

Com a nova metodologia, é possível mapear as áreas com maior circulação do mosquito antes que alguém adoeça.
“Agora, com as ovitrampas, conseguimos ver onde realmente o mosquito está voando. Se aparece uma sinalização vermelha, sabemos que ali há risco e enviamos os agentes para agir antes que surjam casos”, explica Moraes.
As armadilhas consistem em pequenos vasos com água e uma palheta de eucatex, material onde a fêmea do Aedes aegypti deposita seus ovos.
“O agente recolhe essa palheta e leva para o laboratório, onde é feita a análise. Caso sejam encontrados ovos, os dados são enviados para o sistema do Ministério da Saúde, que gera um mapa de calor mostrando as áreas com maior presença do mosquito”, completa o coordenador.
Segundo Antônio de Moraes, o uso das ovitrampas permitirá intervenções mais rápidas e direcionadas, evitando que agentes atuem em regiões sem foco e fortalecendo a prevenção antes que a doença se espalhe.
INÍCIO – No dia 11 de agosto Toledo começou essa implantação das ovitrampas e falta pouco para a conclusão. “Restam cerca de cinco bairros para receber as armadilhas. A partir da instalação das ovitrampas, acreditamos que teremos anos mais tranquilos em relação à dengue, já que conseguiremos antecipar o que poderia acontecer. Com essa tecnologia, o setor passa a direcionar melhor as ações e gerenciar de forma mais eficiente os recursos públicos, enviando os agentes exatamente para os locais onde há risco e presença do mosquito”, destaca Antônio de Moraes.






