Ao ler os comentários dos leitores dessa Gazeta sobre o pedido de afastamento (fato) do Dr. Sandres Sponholz da coordenação das Promotorias de Toledo publicados nessa coluna, percebi claramente que as opiniões desviavam o propósito (assunto) da minha visão jornalística do fato(denuncia-de-fato) sobre possível “favorecimento”.

Cestas indigestas I

Em momento algum a nota refere-se a capacidade e a honra do promotor, sim, sugere a ele que, como “guardião” das Leis e da “Justiça aplique os princípios da “impessoalidade e da moralidade” para si próprio, diante de tal “denúncia” até que se apure a verdade e haja esclarecimentos, feito na tarde dessa quinta-feira.

Cestas indigestas II

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ESCLARECIMENTOS A RESPEITO DA OFERTA DE PÁSCOA AOS TERCEIRIZADOS DO MP TOLEDO EM RESPEITO À POPULAÇÃO

Diante de rumores em torno da minha atuação à frente da Coordenação das Promotorias de Toledo em relação ao episódio, e tendo em vista que sempre prestei esclarecimentos em prol do interesse público, informo:

A) Ninguém recebeu cesta básica das mãos de quem quer que seja. Quem realizou o transporte, deixou no prédio e simplesmente foi embora. Basta ver a foto do local aonde os produtos foram deixados;

B) os presenteados foram avisados que deveriam buscar os produtos no prédio por mensagem de WhatsApp, contendo votos de Feliz Páscoa, em nome dos PROMOTORES DE JUSTIÇA DE TOLEDO (vide fotografia da mensagem). Isso aconteceu quando a pessoa que fez o transporte já estava em sua residência;

C) Todas as cestas continham cartão com a mensagem de Páscoa constante da outra foto. Quem aparece como autor da iniciativa? PROMOTORES DE JUSTIÇA DE TOLEDO

D) A oferta de caridade e de atitude cristã ocorreu em razão do período da Páscoa, neste momento de severa crise econômica. Qual colaborador não gostaria de receber esse presente, com expressa menção de que é uma retribuição pelos bons serviços prestados?

E) não adianta tentar deturpar. A verdade existe por si mesma.

F) Diante da realidade brasileira, a sociedade tem o direito de cobrar que as autoridades públicas se preocupem mais com suas obrigações do que com devaneios;

Agora vamos trabalhar no que interessa de fato para salvar nosso município, Estado e país?

Teremos eleições esse ano?

As eleições 2020 serão adiadas?

As eleições serão unificadas em 2022?

Por: Sandra Kleinschmitt – Pesquisadora Social e Consultora Política

✳️ Recebi estes e vários outros questionamentos desde o início do isolamento social em decorrência da pandemia causada pelo novo Coronavírus COVID-19.

✳️ A situação que estamos vivendo é inédita, por isso é muito complicado prever qualquer desdobramento caso o adiamento de fato ocorra. Vale ressaltar que na política, não existe resposta definitiva, mas possibilidades e forças políticas que jogam o jogo do poder.

✳️ Estamos com um mês de isolamento social, portanto antes de falar o que penso, vou fazer uma linha do tempo do que foi discutido até o momento:

19.03.2020 – A primeira pessoa a ser provocada sobre a possibilidade do adiamento das eleições foi o próximo Presidente do TSE, o Ministro do STF, Luís Roberto Barroso. O Ministro disse não cogitar o adiamento das eleições: “Por enquanto, não cogitamos essa possibilidade. Cada dia com sua agonia. Tenho fé que até outubro tudo terá sido controlado”. Nesta mesma data o TSE manteve o prazo de filiação para aqueles que pretendem se candidatar.

20.03.2020 – Os Deputados Federais, no Congresso Nacional, começaram a especular e apresentar projetos sobre a possibilidade de adiar as eleições bem como unificá-las em 2022.

22.03.2020 – Em uma videoconferência com prefeitos de capitais, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se pronunciou a favor do adiamento das eleições. Para ele, a disputa eleitoral poderia comprometer o foco dos gestores e causar uma “tragédia”. Em contrapartida, o Deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados Federais, disse não ser a hora de discutir um eventual adiamento das eleições.

23.03.2020 – O TSE se pronunciou sobre a possibilidade do adiamento das eleições por meio de uma nota oficial emitida pela Ministra Rosa Weber, presidenta do TSE. A Ministra falou sobre as medidas adotadas pelo Tribunal quanto aos encaminhamentos dos trabalhos e sobre o entendimento dela e do colegiado sobre a questão. Para a Ministra o debate era precoce e somente a evolução da pandemia provocaria avaliação das providências.

29.03.2020 – A Presidenta do TSE voltou a reafirmar que o calendário eleitoral estava sendo cumprido. Para ela o debate sobre o adiamento das eleições continuava prematuro e a velocidade da evolução da pandemia exigia permanente reavaliação das providências.

03.04.2020 – O Ministro Barroso reconheceu a possibilidade do adiamento das eleições municipais, deu prazo até junho para definir a data das eleições e se mostrou contrário a unificação em 2022. Os Ministros do TSE discutiram adiar as eleições para dezembro, mas descartaram prorrogar mandatos.

10.04.2020 – Parlamentares e dirigentes partidários estimaram adiar o 1º turno das eleições para 15 de novembro, caso a pandemia perdure até junho, data estimada para a decisão sobre o assunto.

✳️ Dito isso, três são os possíveis cenários em relação às eleições 2020:

Cenário 1: Se a pandemia der sinais de recuo por finais de maio e início de junho, muito provavelmente a data das eleições permanece como está.

Cenário 2: Se a pandemia não der sinais de recuo até junho, o adiamento vai ocorrer por um período mínimo necessário pós 04 de outubro. Mas a definição da nova data vai depender da curva da epidemia, portanto várias se desenham: 01/11/2020, 15/11/2020, 06/12/2020. As chances de as eleições ocorrerem em 2021 são mínimas e improváveis.

Cenário 3: Unificação das eleições em 2022. Dos três cenários, este é o que eu considero o menos provável, especialmente por não ter adesão dos membros do judiciário. O sistema de justiça não consegue gerir as eleições gerais e as eleições municipais ao mesmo tempo.

 

 

? A minha aposta é no cenário 2. ?

? Quanto a data, logicamente que isso depende do contexto sanitário, mas por metade de novembro, no mais tardar início de dezembro, é a minha aposta para que as eleições 2020 ocorram. Estas seriam datas ideais também para viabilizar a posse dos eleitos em 1º de janeiro de 2021, sem a necessidade de adiar mandatos.

? Por agora, o que temos é a manutenção do calendário eleitoral. Nos resta aguardar até junho o posicionamento oficial sobre o adiamento ou não das eleições 2020. Portanto, continue se preparando e organizando sua campanha.