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Na boleia da solidariedade: Caminhoneiro Solitário transforma vidas com apoio de seguidores

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Restaurante da dona Delurdes localizado na cidade de Palmas (sul do estado do Paraná). Foto: arquivo pessoal

Imagine uma longa estrada cortando o interior do Brasil, o céu tingido de laranja pelo pôr do sol. No horizonte, surge um caminhão de cor preta, marcante — é o caminhão do Solitário Mudança, morador de Toledo. Na boleia, Marcelo da Rosa dirige com um propósito muito maior do que apenas transportar cargas: ele carrega esperança.

Por onde passa, Solitário deixa mais do que rastros de pneu no asfalto — ele deixa gestos de amor, solidariedade e cuidado. Em comunidades necessitadas, ele entrega alimentos, roupas, sorrisos e escuta com atenção cada história de dor e superação. Tudo isso só é possível graças à força de uma corrente de bondade: seus milhares de seguidores nas redes sociais, que acreditam e colaboram com sua missão.

RESTAURANTE – Na mais recente missão, ele realizou o sonho da dona Delurdes de Oliveira, reformando completamente o seu restaurante, localizado na cidade de Palmas (sul do estado do Paraná).

“Ela me pediu ajuda para reformar o restaurante, que na época da pandemia ela teve que fechar. Não podia abrir. E nesse meio tempo da Covid, estavam fazendo aquele asfalto novo em Palmas, aquele asfalto de concreto agora. Então, quando acabou a pandemia, que ela iria reativar e abrir, ela ficou bem no meio do sistema pare-e-siga por um ano e quatro meses. Agora faltam cerca de 30 dias para acabar, e está chegando de Pato Branco a Palmas. Nesse período o pessoal não parava. Ela ia até na rua vender cafezinho, vendeu algumas coisas, mas vendia muito pouco e foi vivendo dessa maneira. E nesse meio tempo, o que ajudava ela era o seu irmão com o sobrinho. Mas o irmão dela faleceu na pandemia do coronavírus, e depois o sobrinho morreu de câncer, depois desses um ano e quatro meses. E com isso tudo, ela desanimou e ficou em uma situação bastante complicada”, conta.

“Pare e siga” é um sistema de controle de tráfego usado em áreas de obras ou intervenções em rodovias. Ele permite que o tráfego passe alternadamente em um sentido de cada vez, enquanto o outro sentido permanece parado. O objetivo é garantir a segurança dos trabalhadores e motoristas durante a realização de obras.

Marcelo Rosa, o Solitário, percorre o Brasil levando esperança e reconstruindo sonhos. Foto: arquivo pessoal
Foto: arquivo pessoal

PIX – Solitário menciona que ela é aposentada e estava pagando R$ 700,00 do que sobrava do salário dela por mês para cobrir o funeral do sobrinho, e ainda restam quatro parcelas para quitar essa dívida. “Ela me mandou um vídeo, realmente quase passando fome, e pediu se eu poderia reformar o restaurante dela, para que pudesse reativar o espaço, porque estava quase caindo, de tanto tempo que ficou parado. Foi aí que decidi fazer uma rifa para ajudar ela. E junto com os meus seguidores, que sempre me ajudam por meio do Pix, reformamos todo o restaurante para ela. Fizemos tudo: churrasqueira, fachada, pátio, cozinha”, relata Solitário.

A cada parada, uma nova vida é tocada. Uma criança ganha o que comer, uma mãe se emociona com a ajuda que chega quando tudo parecia perdido. E tudo isso nasce de uma simples decisão: usar o caminho e as redes sociais para servir ao próximo. Solitário gravou um vídeo contando a história da dona Delurdes e solicitando a colaboração de quem pudesse ajudar.

“Eu vou colocar o link para quem possa colaborar. Eu sei que é pedir demais, pessoal, mas se vocês quiserem ajudar para reformarmos esse restaurante, não vai precisar de muito. Se você puder ajudar com R$ 2,00, R$ 5,00, já ajudou, obrigado. Se algum empresário puder contribuir com algum material, também ajuda”, enfatiza Solitário.

APELO POR AJUDA – Delurdes gravou um vídeo que foi encaminhado ao Solitário.

“Eu fiz um pedido a você (Solitário) e aos seus seguidores para me ajudar a reformar o meu restaurante da beira da estrada. É bem simples, mas é onde eu vivo, é da onde eu ganho o meu ganha-pão. Sou aposentada por invalidez, então tenho um pouco de problema de saúde. E os remédios contínuos que eu tomo não deixam sobrar nada para mim. Tenho que trabalhar o pouco que consigo. Vivo sozinha, sou uma pessoa que moro aqui sozinha, trabalho sozinha. Tenho dois filhos, mas não conto com eles. Eu não tenho com quem somar”, revelou Delurdes.

Foto: arquivo pessoal

Casa de Recuperação

Marcelo da Rosa (Solitário) é a prova viva de que a verdadeira grandeza está em servir. Sua estrada não tem fim, porque o amor ao próximo não tem limite. Outra ação recente com a participação dele foi em uma Casa de Recuperação de dependentes químicos Novo Horizonte, nas proximidades de Palmas.

“Eles me convidaram para ir lá dar uma palestra. E presenteei eles com umas bolas para jogarem. Sem contar que, na cidade de Palmas, também visitei uma casa de recuperação e contei minha história. Contei minha história, que não foi fácil também, para chegar hoje a ser o Solitário”, menciona.

Foto: arquivo pessoal

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