Dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil apontam que todas as cidades analisadas registraram altas na pauta Todos os municípios da região Sul que enviaram dados e foram analisados pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil registraram aumentos em seus gastos com assistência social em 2020 – ano fortemente marcado pela pandemia e suas consequências para a população. O levantamento é uma iniciativa da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), com patrocínio da Huawei e da Tecno It. Entre as 17 cidades analisadas, o maior incremento em gastos com assistência social foi registrado em Gravataí (RS): foram R$ 19,73 milhões em 2020, contra R$ 6,81 milhões em 2019, um aumento de 189,8%. Em seguida no ranking estão Londrina (PR), com alta de 40,7%; Blumenau (SC), com 36,9%; Curitiba (PR), com 31,5%; e Foz do Iguaçu (PR), com 25,6%. Destaque também para Canoas (RS), com alta de 19,8%; Santa Maria (RS), com 16,3%; Cascavel (PR), com 13,2% e São José dos Pinhais (PR), com 12,8%. As capitais Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) registraram aumentos de 5,6% e 1,7%, respectivamente, no período analisado. RANKING – OS MAIORES AUMENTOS NAS DESPESAS COM ASSISTÊNCIA SOCIAL DAS CIDADES SELECIONADAS DO SUL |
![]() Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Brasil: em pandemia, cidades aumentam gastos com assistência social Com o objetivo de amenizar os severos efeitos sociais da pandemia, os municípios brasileiros destinaram, em 2020, R$ 22,44 bilhões para a área de assistência social – valor 14,4% maior do que o registrado em 2019, já considerando a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além do esforço orçamentário das administrações municipais, o valor também é fruto das transferências do Governo Federal, por meio da Lei Complementar nº 173/2020, que resultou no aporte de R$ 23 bilhões distribuídos aos municípios durante o ano de 2020, sendo R$ 20 bilhões para aplicação livre e R$ 3 bilhões para emprego exclusivo em saúde e assistência social. O anuário aponta que o incremento na pauta de assistência social foi mais intenso nos grandes centros urbanos: nos 48 municípios com mais de 500 mil habitantes, o aumento médio foi de 29,3%. Já nas cidades com menos de 20 mil habitantes, o incremento foi de 6,4%. De acordo com Tânia Villela, economista e editora do anuário, outro dado importante da análise é o investimento per capita em assistência social, que foi de, em média, R$ 107,52 em 2020 – o maior valor alcançado pela série histórica levantada por Multi Cidades. “Do ponto de vista territorial, paradoxalmente, os lugares com maior proporção de pessoas que mais necessitam da atenção do Estado são justamente aqueles que apresentam menor aplicação per capita de recursos na assistência social. No Sul, onde a concentração de pobres e extremamente pobres no total dos residentes é a menor entre todas as regiões brasileiras, o gasto com assistência social per capita foi de R$ 122,37. Já entre os municípios do Nordeste e do Norte, regiões que registram as maiores parcelas de pessoas mais vulneráveis, os dispêndios per capita atingem os menores níveis, de R$ 88,06 e R$ 91,27, respectivamente”, observou a economista. RANKING – OS 10 MAIORES GASTOS COM ASSISTÊNCIA SOCIAL DO PAÍS EM 2020 |
![]() Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) Cinquenta milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 178 mensais O anuário traz, ainda, uma análise prévia do primeiro semestre de 2021, que já aponta um crescimento nos gastos com assistência social de 3,8% em relação ao mesmo período em 2020. Outro dado importante da publicação é o aumento de pessoas em situação e pobreza e extrema pobreza no Brasil: em junho de 2021, o país contava com 23,3% de sua população (49,6 milhões de pessoas) vivendo nessa faixa, número 3,2% maior do que o registrado em dezembro de 2020. |
Fonte: Assessoria