No dia 28 de março, nesta coluna, divulgamos que foram identificados três grandes focos de proliferação do mosquito bem debaixo dos narizes dos responsáveis pela saúde pública de Toledo. Essa denúncia foi feita por um cidadão comum, usuário dos espaços públicos de nossa cidade. Ele inspecionou um trecho em menos de 50 metros de caminhada, entre a Rua Ledoíno José Biavatti e a Avenida Parigot, e deparou-se com mais de três focos contendo muitas larvas dentro de copos plásticos com água amarelada.
Números alarmantes
Naquele dia, os números registrados ultrapassavam 2 mil casos de dengue e 6 óbitos decorrentes da epidemia da doença na cidade. Hoje, dia 16 de abril, apenas 19 dias depois, já são mais de 3.000 casos e 7 óbitos. Somente nas duas últimas semanas foram registrados mais de 700 casos.
Toledo, Paraná, em estado de “emergência”
Como as denúncias fundamentadas e publicadas pela imprensa “independente” não são levadas a sério pela gestão da “bolha”, foi necessária uma ação do ministerial para alertar os gestores. Aliás, SÓ ficaram sabendo (Konno) dessa informação através da própria Redação do Jornal Gazeta de Toledo.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em mais 31 cidades de 11 estados brasileiros afetadas por desastres. Algumas cidades estão enfrentando estiagem, enquanto outras lidam com alagamentos.
No Paraná, além de Toledo, os municípios de Barracão, Cruzeiro do Iguaçu, Goioerê, Morretes, Pato Branco e Vera Cruz do Oeste foram reconhecidos em estado de “emergência” devido ao aumento do número de casos de dengue.
Como solicitar recursos
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos ao MIDR para ações de defesa civil.
Sem “imunidade”? Será?
Olha, não tenho nada a ver com a vida particular de qualquer secretário(a) ou assessor(a) de Saúde, mas isso me deixa intrigado. Certa vez, ouvi dizer que a secretária que responde pela pasta da Saúde não comparece às unidades de saúde de Toledo por apresentar “baixa imunidade”. Mas será que apenas os setores de saúde pública, onde há aglomeração de pessoas, representam risco para ela? E quanto às baladas e shows em locais insalubres, não representam também um risco?
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Republicanos de Toledo lança Mario Costenaro com o pré-candidato a prefeito
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Na próxima quinta-feira, 18, às 19h, no Olinda Park Hotel, haverá o lançamento oficial do arquiteto e urbanista Mario Cesar Costenaro como pré-candidato a prefeito de Toledo. Veja matéria completa em Mario Costenaro terá lançamento de pré-campanha nesta quinta-feira, 18.
Copos mostram como chegamos à situação de emergência devido à dengue
Toledo, cidade outrora conhecida por suas paisagens serenas e seu povo acolhedor, agora está envolta em uma névoa de preocupação e descaso. Não é mais o som das risadas nas praças que ecoa pelas ruas, mas sim o zumbido incessante do mosquito, trazendo consigo não apenas a irritação das picadas, mas também o peso das vidas perdidas e das famílias devastadas.
Desde a descoberta dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, os toledanos vivem em um estado de alerta constante. Copos plásticos abandonados, água estagnada e larvas se tornaram símbolos de uma gestão da saúde pública que parece ter virado as costas para o bem-estar da população.
Os números alarmantes falam por si só. O que começou como uma preocupação localizada, rapidamente se transformou em uma epidemia que assola a cidade. Mais de 3.000 casos de dengue e sete óbitos são o triste saldo de uma crise que parece estar fora de controle. E enquanto a população sofre, os responsáveis pela saúde pública parecem estar mais preocupados com sua própria “imunidade” do que com a segurança do povo a quem juraram proteger.
A situação é tão grave que o município de Toledo foi declarado em estado de “emergência” nacional, juntamente com outras cidades afetadas pelo desastre da má gestão da saúde. O reconhecimento federal abre portas para a obtenção de recursos para ações de defesa civil, mas será que esses recursos serão suficientes para conter uma crise que parece ter raízes tão profundas?
Enquanto isso, a população se pergunta: onde está a verdadeira imunidade dessa cidade? Será que ela se encontra nos camarotes de festas e eventos, onde a preocupação com a saúde parece ser apenas uma lembrança distante? Ou será que, como os copos plásticos abandonados nas ruas, a verdadeira imunidade de Toledo foi descartada e esquecida em meio ao descaso e à negligência?
Enquanto as autoridades debatem sobre recursos e estratégias, a população de Toledo continua sua luta diária contra um inimigo invisível, mas não menos letal. E enquanto houver um único copo plástico abandonado nas ruas desta cidade, a batalha pela saúde e pelo bem-estar de todos os toledanos estará longe de chegar ao fim.
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