Uma boa notícia para começar o ano: o número de multas de trânsito em Toledo teve uma redução significativa em janeiro. Agora, resta saber se essa queda foi resultado de motoristas mais conscientes ou se a nova gestão resolveu frear a “indústria da multa”.
5ª Série e a matemática das multas
Enquanto alguns alunos da 5ª série deveriam estar focados nos estudos, preferem reclamar do professor, talvez por preguiça ou falta de vontade de aprender. Por isso, resolvi trazer um desafio matemático para vocês: fiz um levantamento das multas aplicadas em Toledo, comparando janeiro de 2024 com janeiro de 2025.
A queda de 16,3% em números
Sei que alguns podem ter dificuldade com números – afinal, a tabuada parece um bicho de sete cabeças para muitos. Mas vamos lá: em janeiro de 2024, durante a gestão de Beto Luniti, foram registradas 8.735 multas. Já em janeiro de 2025, sob a administração de Mário Costenaro, o número caiu para 7.332 multas. Isso representa uma redução de aproximadamente 16,3%. Agora sim, podem bater palmas!
Vai frear mais?
A pergunta que deve estar na cabeça de todos: será que a queda vai continuar? Vamos torcer para que isso realmente aconteça, para que nossos nobres “aluninhos” da 5ª saibam somar, em vez de ficar só na divisão. Afinal, Toledo sempre teve bons prefeitos, mesmo que tenham cometido erros em suas escolhas. O problema são os eleitores!
Dia 19 de fevereiro
Na próxima quarta-feira,19 está agendado aquela audiência sobre o HRT. Será que mais uma vez vai ser transferido? 13h15 em Toledo
Dia 25 de fevereiro
Olha, se não me falha a memória, também teremos aquele julgamento do chamado “pão-de-queijo”. Sei que está em segredo de justiça, mas, a justiça não tem segredo.
Entrevista de Sábado
Neste sábado, 15 de fevereiro, receberei o Chefe Regional do IAT, Luiz Henrique Fiorucci, e o vereador Professor Oséias. Entre os temas em pauta, destacamos o “crime” ambiental no aterro municipal de Toledo, além de outras questões relevantes.
Respeito
Quero tirar o chapéu para o vice-prefeito Lúcio de Marchi por ceder a palavra ao vereador que verdadeiramente representa o Florir Toledo: o Professor Oséias. Isso, sim, é respeito. O que não é respeito? Falar em harmonia enquanto se propaga o ódio.
Gestão com bom senso: O poder da equidade
Aqui nessa nossa cidade de Toledo, Paraná onde dispomos de qualidade, de ruas limpas, com um comércio e indústria prósperos e um trânsito que fluía sem muitas complicações, pontos até que o então gestor, decidiu que era hora de modernizar a arrecadação.
“Vamos otimizar as finanças”, dizia ele, enquanto aprovava um plano ambicioso para aumentar a receita. A estratégia? Ampliar a fiscalização e instalar mais radares e câmeras em cada esquina. “Quem não segue as regras deve pagar”, justificava, enquanto os cofres públicos começavam a engordar com as novas multas que chegaram ultrapassar os R$ 16 mi.
No começo, a população nem percebeu. Mas logo vieram os relatos: um motorista multado por parar um segundo além do permitido no semáforo, um idoso penalizado por atravessar a rua lentamente, um comerciante que recebeu uma notificação por uma placa um centímetro maior do que o regulamento permitia e até o Bispo de Toledo foi crucificado. As infrações eram reais, mas o rigor beirava o absurdo.
Enquanto isso, o prefeito exibia gráficos mostrando o aumento da arrecadação. “Isso é eficiência!” – ele dizia. Mas o comércio começou a sentir o impacto. Motoristas passaram a evitar certas ruas, clientes deixaram de frequentar o centro da cidade, e até turistas começaram a reclamar em não passar mais pelos trevos de Toledo. O que antes era um lugar agradável passou a ser visto como uma armadilha para desavisados.
Até que um novo gestor assumiu o cargo. Ele não aboliu as regras, nem desmontou a fiscalização, mas mudou a abordagem. Em vez de priorizar arrecadar, investiu em educação a começar pela própria corporação, sinalização mais clara e campanhas de conscientização. As multas caíram, mas a cidade está voltando a prosperar. Motoristas respeitavam as regras porque as entendiam, não por medo de punição.
No fim, ficou claro que boa gestão não é sobre explorar ao máximo as falhas das pessoas para lucrar, mas sim sobre criar um ambiente onde as regras façam sentido e sejam justas para todos. Porque uma cidade bem administrada não é aquela que multa mais, mas sim aquela onde a multa se torna desnecessária.