Na noite desta terça-feira (10), por volta das 19h, uma equipe do 19º Batalhão da Polícia Militar foi acionada para atender uma denúncia de violência doméstica na Rua Colombo, região central de Marechal Cândido Rondon. A solicitação partiu de uma denúncia anônima, que relatava agressões contra uma mulher por parte de seu companheiro. No trajeto até o local, a gravidade da situação foi confirmada por um transeunte que interceptou a viatura, afirmando ter testemunhado a agressão momentos antes.
Ao chegarem ao endereço informado, os policiais se depararam com um homem sem camisa, portando duas garrafas de vidro, que se encaixava na descrição do suspeito. Ele recebeu voz de abordagem e, embora tenha demonstrado resistência passiva, não foi necessário o uso imediato de força física. Pouco depois, a vítima se apresentou à equipe, visivelmente abalada, relatando que o companheiro chegou à residência — localizada nos fundos de um bar — embriagado e possivelmente sob efeito de cocaína, agindo de forma agressiva e descontrolada.
Segundo a mulher, o companheiro se envolveu em uma discussão com uma cliente no bar e chegou a agredi-la fisicamente. Ao tentar intervir na situação, a vítima foi ameaçada pelo agressor, que afirmou: “não se mete, senão vai sobrar pra você também”. A frase caracterizou o crime de ameaça no contexto de violência doméstica, considerando a relação íntima entre os dois. A cliente agredida já havia deixado o local antes da chegada da PM, o que impossibilitou sua identificação naquele momento.
Diante dos fatos e do comportamento alterado do suspeito, que chegou a afirmar que era “do corre” e que os policiais deveriam “tomar cuidado”, foi dada voz de prisão. O uso de algemas foi necessário para garantir a segurança da equipe e do próprio detido, em conformidade com a Súmula Vinculante nº 11, que regulamenta o uso de contenção em situações de risco. A consulta ao sistema SESP e os relatos colhidos confirmaram a existência de diversos boletins de ocorrência anteriores envolvendo o casal, todos relacionados à violência doméstica.
O homem foi encaminhado à 47ª Delegacia de Polícia para as providências legais. A vítima, por sua vez, demonstrou temor de sofrer represálias após a prisão do companheiro, e informou que o casal tem dois filhos em comum — um menino de sete anos e uma menina de quatro. Ela destacou, no entanto, que não depende financeiramente do agressor, o que pode facilitar medidas protetivas. O caso segue agora sob responsabilidade da Polícia Civil.
Da Redação, com informações do 19º BPM.