Os partidos Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Liberal (PL), Partido Social Democrático (PSD) e União Brasil realizaram um verdadeiro estardalhaço ao solicitarem a cassação e suspensão da diplomação dos candidatos eleitos do Partido Progressistas.

A acusação foi de que a candidata Ana Célia Barbosa de Almeida não realizou campanha eleitoral, considerando sua votação inexpressiva, e que sua prestação de contas foi padronizada, sugerindo indícios de que ela seria uma candidata “laranja”, apresentada apenas para cumprir a cota de gênero. Entretanto, o pedido caiu por terra.

O Ministério Público (MP) recomendou o indeferimento da liminar contra os vereadores e apresentou uma análise detalhada sobre os elementos que configuram fraude à cota de gênero. De acordo com o MP, para que tal fraude seja caracterizada, é necessário o desrespeito ao percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, conforme previsto no artigo 10, § 3º, da Lei nº 9.504/97, associado à presença de um ou mais dos seguintes fatores:

  1. 1.Votação zerada ou inexpressiva;
  2. 2.Prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante;
  3. 3.Ausência de atos efetivos de campanha, divulgação ou promoção de candidatura.

Com base nessas diretrizes, o MP justificou sua decisão de indeferir o pedido, argumentando que não foi possível identificar elementos concretos que comprovassem a suposta fraude. Assim, o processo segue sem a suspensão da diplomação dos vereadores do Progressistas.

A integra da decisão:

Saber perder, sem chorar

A política, palco de embates acalorados e estratégias bem ou mal elaboradas, muitas vezes se assemelha a uma partida de xadrez. Cada movimento é pensado para colocar o adversário em xeque, e a vitória não é apenas almejada, mas necessária para validar os esforços despendidos. Mas, e quando a partida termina em derrota? É nessa hora que entra a nobre arte de saber perder — uma lição que os partidos em questão, talvez, ainda precisem aprender.

Os últimos capítulos da disputa em Toledo foram repletos de indignações e acusações. A estratégia era clara: invalidar os adversários do Progressistas sob a acusação de fraude à cota de gênero. Entretanto, o jogo virou. A peça central dessa narrativa, a candidata Ana Célia Barbosa, foi alvo de desconfiança por sua votação considerada inexpressiva e uma campanha supostamente inexistente. Alegaram que ela não passava de uma candidata “laranja”, mas o Ministério Público, árbitro dessa contenda, enxergou um tabuleiro diferente.

A análise do MP foi precisa e imparcial. Como um juiz que avalia o lance com base nas regras do jogo, apontou que a acusação carecia de fundamentos sólidos. Não havia elementos concretos que configurassem fraude, e o pedido foi indeferido. A diplomação dos vereadores seguiu, deixando os opositores diante de uma decisão: aceitar a derrota com dignidade ou continuar em um embate desgastante e, talvez, infrutífero.

Na política, como na vida, perder é inevitável em algum momento. O verdadeiro teste de caráter não está na vitória, mas na forma como lidamos com o revés. Chorar, espernear e criar narrativas para justificar uma derrota pode até aliviar o ego, mas não reescreve os fatos. Saber perder exige reconhecer os limites das próprias estratégias, aprender com os erros e seguir em frente.

Os partidos que se colocaram contra o Progressistas poderiam ter optado por uma abordagem mais madura. Em vez de transformarem sua insatisfação em um “estardalhaço”, poderiam focar em reconstruir suas bases, revisar suas estratégias e planejar melhor para as próximas eleições. Afinal, o jogo político é feito de ciclos. Hoje se perde, amanhã se ganha.

A vida segue em Toledo, e os vereadores do Progressistas ocupam seus lugares. O tempo mostrará se a polêmica levantada pelos adversários trará algum fruto positivo ou se será lembrada apenas como um capítulo menor de uma disputa marcada mais por ressentimento do que por substância. Enquanto isso, cabe a todos nós refletir: o que é mais nobre? Perder e aprender ou perder e culpar o outro?

Saber perder é uma arte que, embora rara, dignifica qualquer jogador — seja ele um político, um atleta ou, simplesmente, um ser humano no tabuleiro da vida.

Conselho Municipal de Saúde

No dia 17 de dezembro, às 18h15, será realizada uma reunião ordinária na sede do Conselho Municipal de Saúde, localizada na Rua Santo Campagnollo. A pauta da reunião inclui a deliberação sobre a ATA nº 466 deste ano e a definição do calendário de trabalhos para o ano. O convite foi enviado pelo presidente, Jairo Marcos Zschonark.

40 Exonerações na Câmara de Toledo

Com o encerramento do mandato dos vereadores de Toledo, inicia-se o processo de exoneração de todas as cargas em comissão comprometida aos 19 gabinetes e demais setores da Câmara Municipal. De acordo com a Portaria 247, serão 40 servidores que encerrarão. Embora alguns possam ser renomeados na próxima legislatura, será necessário buscar novas oportunidades e apresentar seus outros currículos no mercado

Mais que merecido

Sempre tive, e continuarei a ter, o maior respeito pelo vereador Leoclides Bisognin, que possui a admirável qualidade de saber cercar-se de assessores competentes. Entre eles, destaco o cidadão Rodrigo Antoniassi. Durante sua presidência na Casa Legislativa, Bisognin apresentou aos demais parlamentares outro profissional de excelência, Adriano Siega, vindo do setor privado, que assumiu a chefia de gabinete com o objetivo de organizar o Legislativo.

Logo em suas primeiras ações, Siega conseguiu despachar mais de 800 protocolos que estavam engavetados há mais de 2 anos, além de reformular todo o sistema vicioso de protelações e falta de organização que imperava na Casa de Leis. Sua atuação foi fundamental para instaurar eficiência e responsabilidade no órgão.

Atualmente, Adriano Siega ocupa um cargo de confiança na Prefeitura e, recentemente, recebeu uma merecida menção honrosa também pelos excelentes trabalhos prestados no cargo que ocupa. Como jornalista, sinto-me à vontade para ressaltar que é essencial termos mais profissionais com capacidade, seriedade e competência nos espaços públicos.

Parabéns, Adriano Siega, pelo reconhecimento e pelo trabalho exemplar que você realiza.