Por Fernando Braga
O Ministério da Saúde descartou a suspeita de morte causada por infecção pelo vírus influenza AH1v, de origem suína, ocorrida em Toledo. A Gazeta de Toledo publicou o caso no dia 21 de junho, informando que a mulher que veio a óbito era uma paciente de câncer, que estava em estado grave.
Nesta quarta-feira (28), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou que a morte não teve relação com a influenza suína.
A conclusão acerca da investigação epidemiológica foi publicada ontem, terça-feira (27), pelo Ministério da Saúde, por meio da Nota Técnica Nº 39/2023. Os técnicos responsáveis pela investigação concluíram que a infecção por vírus de influenza suína variante não provocou a morte da mulher de 42 anos.
Os resultados da investigação epidemiológica, clínica e laboratorial mostraram que, apesar de a paciente ter contraído a doença, o óbito ocorreu em decorrência de complicações da neoplasia grave (câncer em estado avançado).
A conclusão aconteceu após uma reunião entre os profissionais de saúde, na qual discutiram o caso e avaliaram o caso. Participaram da reunião órgãos, especialistas e pesquisadores da Sesa, do Ministério da Saúde, Fiocruz, Laboratório Central do Estado (Lacen), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Secretaria Municipal de Saúde de Toledo.
Seguindo o protocolo, o Ministério da Saúde irá encaminhar o relatório para a Organização Mundial da Saúde para atualização do caso.
A Sesa reforça que esse é um vírus de baixíssima circulação no Estado e pouca patogenicidade, geralmente com evolução benigna.
O Paraná conta com 34 unidades sentinelas com monitorização contínua dos vírus respiratórios, além das coletas realizadas nos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda grave nos estabelecimentos de saúde, conforme os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Desde 2015, apenas oito casos da doença foram confirmados no Paraná, sem nenhum óbito.
