O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações conheceu os projetos da Itaipu e do PTI nesta segunda-feira (3), em visita à usina.

 

O ministro Marcos Pontes sinalizou, nesta segunda-feira (3), a intenção de desenvolver um programa vetor de parcerias e cooperações entre a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O anúncio foi feito durante uma visita à usina e ao PTI, em Foz do Iguaçu (PR), onde o ministro conheceu vários projetos da hidrelétrica e do Parque Tecnológico.

“Esta foi uma visita para conhecer e abrir caminhos. A partir deste encontro, vamos trabalhar juntos em muitos temas importantes para o desenvolvimento do nosso País, por meio de parcerias e novos projetos na área de inovação”, disse o astronauta. E complementou: “Itaipu está totalmente convergente com os projetos da pasta”.

Marcos Pontes foi recebido pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, os demais diretores da usina e o diretor-superintendente do PTI, general Eduardo Garrido.

Integraram a comitiva ministerial a deputada federal Luisa Canziani (PTB/PR); o secretário de Empreendedorismo e Inovações do MCTIC, Paulo Cezar Rezende Alvim; o secretário de Tecnologia Aplicada do MCTIC, major-brigadeiro Maurício Ribeiro Gonçalves; o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), general Waldemar Barroso Magno Neto, e o diretor de Ciência e Tecnologia da Finep, coronel Marcelo Bortolini. A Finep mantém vários projetos com o PTI e a Itaipu.

A agenda começou com uma breve apresentação, em que o ministro relembrou as visitas anteriores que fez à Itaipu. Segundo ele, todas o

surpreenderam positivamente. Marcos Pontes falou sobre as quatro diferentes vertentes em que o Ministério vem trabalhando – tecnologias estratégicas, tecnologias para produção, para o desenvolvimento sustentável e sociais. Todas estão alinhadas a iniciativas da Itaipu e do parque.

Em seguida, o diretor técnico executivo da usina, Celso Torino, detalhou o processo de atualização tecnológica pelo qual a Itaipu está passando e apresentou o Sistema de Gestão da Segurança Operacional (SOP), aplicativo que permite acompanhar a segurança operacional da usina em tempo real.

“Convidamos o ministro para ver o que é desenvolvido aqui e que pode ser replicado em todo o País. Temos muito a repassar, uma bagagem grande de conhecimento a ser trocada por meio de parcerias”, disse o general Silva e Luna.

Colaboração

Após uma visita técnica à usina, a comitiva do ministro se dirigiu ao PTI, onde conheceu alguns dos laboratórios da instituição, como o Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb), Centro de Estudos Avançados em Proteção de Estruturas Estratégicas (Ceape) e o Laboratório Vivo de Cidades Inteligentes.

O Ceasb, em especial, chamou a atenção do ministro, que sugeriu uma parceria da instituição com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Segundo o diretor-superintendente do PTI, general Eduardo Castanheira Garrido Alves, a visita do ministro serviu para abrir uma importante janela de oportunidade para o desenvolvimento da região Oeste do Paraná. “A ideia é que o Parque se torne uma unidade credenciada da EMBRAPII, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, o que vai permitir mais investimento em tudo que desenvolvemos aqui, trazendo geração de renda, emprego e bem-estar para a região.”

O ministro se mostrou favorável à elaboração de um protocolo de intenções unindo as três instituições. O próximo passo é discutir os termos

desse documento que, para Garrido, deverá ser colocado em prática “em curto prazo”.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.