Wagner Kaba, Gabriel Thomaz da Silva, Gustavo Rocha Passini e Klever Lopes Gontijo são os novos promotores substitutos do Ministério Público do Paraná empossados na manhã desta segunda-feira, 13 de maio. A cerimônia de posse ocorreu na Sala de Atos do Bloco II da sede da instituição, em Curitiba, e contou com a participação de membros e servidores do MPPR, além de familiares e amigos dos empossados.
Durante a sessão solene, presidida pelo procurador-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia, os novos membros prestaram o compromisso legal ao assumir o cargo, e o promotor de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima, secretário do Conselho Superior do Ministério Público, leu o termo de posse, que foi assinado pelos empossados.
Ivonei Sfoggia falou sobre o ato de investidura na carreira do Ministério Público, que simboliza uma relevante conquista e, ao mesmo tempo, a assunção de um elevado compromisso profissional perante uma instituição e a sociedade. “Assume-se o compromisso da contínua renovação do MPPR, para que se torne mais efetivo aos destinatários de seus serviços, em níveis congruentes com a indispensabilidade social de suas funções, como a contenção da criminalidade, o exercício do controle da Administração Pública e a concretização de direitos fundamentais”, destacou o procurador-geral. “Trata-se de incumbência cuja importância se redobra no cenário desfavorável em que estamos engajados, marcado pelo desprezo ao interesse público, pelos aviltantes índices de corrupção, pela provação da ordem democrática e pela desconstrução do mínimo existencial, tudo isso intensificado pela marca da grave crise das instituições”, completou.
“Estar perto do povo” – Representando a Associação Paranaense do Ministério Público (APMP), o promotor de Justiça Francisco Zanicotti, diretor-secretário da PGJ, deu as boas-vindas aos novos promotores, destacando que a APMP também está pronta para recebê-los. Em sua fala, Francisco Zanicotti citou o psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que ficou mundialmente conhecido depois de descrever a sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas, em seu best-seller internacional “Em Busca de Sentido”.
Segundo Zanicotti, o autor afirma que, para viver, é necessário haver um propósito, já que é isso que nos impulsiona. “E é dessa maneira que vocês devem encarar sua atuação no Ministério Público”, disse. “O propósito do promotor de Justiça é estar perto do povo, pois de longe não sentimos o sofrimento alheio. É preciso colocar-se no lugar do idoso, da criança e do adolescente em situação de risco, da comunidade que ficou sem peixes em seu rio. Isso é trabalhar com sentido”, exemplificou.
Agentes de transformação social – O promotor de Justiça Wagner Kaba discursou em nome dos recém-empossados e afirmou que todos eles estão concretizando o sonho de integrarem o Ministério Público e tornarem-se agentes de promoção da Justiça, fazendo a diferença na vida das pessoas, especialmente da parcela da sociedade mais vulnerável. “Antes éramos obrigados a assistir, de modo passivo, às mais grotescas cenas de violação a direitos, noticiadas diariamente pela imprensa. Mas, a partir de hoje, seremos protagonistas e agentes de transformação social”, declarou. “É uma grande honra ser membro de uma instituição com funções tão importantes e distintas para a sociedade brasileira”, ressaltou.
Autoridades – Também prestigiaram a cerimônia o corregedor-geral do Ministério Público do Paraná, Moacir Gonçalves Nogueira Neto, o ouvidor-geral da instituição, Ney Roberto Zanlorenzi, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Eliezer Gomes da Silva, e o procurador de Justiça Maurício Kalache, coordenador do Caop de Defesa da Ordem Tributária.
Os novos promotores foram admitidos no último concurso público realizado pelo MPPR em 2017. A seleção contou com 3.094 candidatos inscritos, dos quais 47 foram aprovados. Wagner Kaba, Gabriel Thomaz da Silva, Gustavo Rocha Passini e Klever Lopes Gontijo foram nomeados para as comarcas de Porecatu, Goioerê, Santo Antônio do Sudoeste e Bandeirantes, respectivamente.