Tá curtindo as férias, viajando com a família ou amigos, passou protetor, foi pro sol, praia ou piscina, de repente percebeu aquela manchinha clara na pele. Cuidado. Alguns podem até confundir com uma alergia de pele, achar que foi do sol, mas também pode ser hanseníase, antigamente conhecida como lepra.

Profissionais da Secretaria de Saúde de Toledo ligados aos serviços especializados e a gestão da pasta realizaram uma reunião técnica na manhã desta quarta-feira (08) para discutir sobre o Janeiro Roxo e sobre a organização dos atendimentos de casos de hanseníase no município.

Até 2019 o serviço de referência do Município que acompanhava os casos realizava os atendimentos no Ambulatório localizado na Central de Especialidades. A partir de 2020 todas as unidades de saúde farão os acompanhamentos. Para isso foram realizadas várias capacitações com os profissionais de saúde da Atenção Primária e dos serviços especializados.

Hanseníase

É uma doença infecciosa crônica e desde que adequadamente tratada tem cura. Ela causa lesões de pele e pode causar danos irreversíveis aos nervos.

A hanseníase é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos.

Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.

A Dermatologista do Ciscopar que atende os casos mais sérios no município, Fabíola Welter Ribeiro Cabral, explica que a primeira mancha geralmente é discreta, mais clara. “Geralmente se manifesta em braços e corpo e com o tempo vai perdendo a sensibilidade”. Ela diz que às vezes as pessoas confundem com uma alergia de pele por conta da exposição ao sol.

“Estamos em um país endêmico, as pessoas não sabem que temos tantos casos e que é de difícil controle”. Ela chama a atenção também pelo fato de fazermos fronteiras com vários países, dificultando ainda mais o controle da doença.

Normalmente a transmissão acaba se dando por familiares, devido ao convívio frequente, já que a doença não é transmitida tão facilmente.

Tratamento

A hanseníase pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia com vários medicamentos, todos disponibilizados gratuitamente pelo SUS. O tratamento precoce evita incapacidades, como lesão de nervos, especialmente nos braços e pernas com desenvolvimento da chamada mão em garra e do pé caído.

Todas as pessoas do contato são avaliadas e acompanhadas por cinco anos. A pessoa contaminada pode demorar vários anos para apresentar os sintomas. Isso reforça a necessidade dos cuidados e do monitoramento das pessoas próximas.

Fonte: Secom/Pref. de Toledo