Em vez de uma “passeata”, por que não realizar uma ação de limpeza?

Um morador de Toledo, residente próximo ao Lago do Parque Diva Paim Barth, que passou pelo isolamento devido à sua família ter sido vítima do mosquito da dengue, decidiu realizar uma inspeção em dois pontos públicos muito movimentados na região, locais onde ele mesmo gosta de caminhar. Durante suas caminhadas, ele sempre notou vários recipientes com água, mas não tinha acesso a eles devido às cercas que os isolavam.

Três grandes focos

Identificando três possíveis grandes focos de proliferação do mosquito, ele decidiu encontrar um local de acesso para inspecionar os pontos e checar suas suspeitas. Em menos de 50 metros de caminhada, deparou-se com mais de três focos contendo muitas larvas. Ele encontrou inúmeros copos plásticos com água amarelada e repletos de larvas. Sua indignação diante da falta de responsabilidade em relação à saúde pública foi o que o motivou a levar essas informações a este jornal e, posteriormente, às autoridades, segundo relatou.

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Números alarmantes

Mais de 2 mil casos de dengue foram registrados em Toledo, com 6 mortes decorrentes da epidemia da doença na cidade. Com o inverno se aproximando a menos de 60 dias, surge a preocupação com a possibilidade de ressurgimento da COVID-19. Fica a questão: será necessário que Toledo monte hospitais de campanha novamente, ou será possível utilizar o Hospital Regional de Toledo (HRT)?

Finalmente, vemos uma ação efetiva de combate à dengue

Após a lamentável “passeata” para protestar contra o mosquito da dengue, o que evidenciou uma gestão de saúde insuficiente em Toledo, o Ministério Público teve que intervir através de uma ‘Recomendação’ (02/24/2ª Promotoria) que foi acatada pelo Município. Agora, será aplicada uma multa significativa a todos aqueles que contribuírem para a proliferação dessa epidemia.

R$ 5,21 por metro quadrado

O valor da multa foi estabelecido em R$ 5,21 por metro quadrado, representando 0,05% de uma URT por metro quadrado de cada imóvel que for encontrado em desacordo com o Código de Postura e da Lei de Sanidade Pública.

Diante do agravamento da epidemia, Lunitti explicou que o Município recebeu uma notificação da Promotoria Pública

Trata-se de uma recomendação para que cumpramos o que está previsto na Lei Nº 2.369/2021. De acordo com o que está estabelecido na legislação, devido à situação de emergência declarada pelo Estado e pelo Município, devemos pular a etapa da notificação e proceder com a limpeza dos terrenos, emitindo multas no momento da fiscalização. Foi estabelecido um prazo para começarmos a agir dessa maneira“, comentou, ressaltando que, apesar do encontro ter ocorrido com a Associação dos Loteadores, a medida afetará todos os proprietários de terrenos.