O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,61% em abril, após alta de 0,71 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 12.

No acumulado de 12 meses até abril, o IPCA teve alta de 4,18 por cento, contra alta 4,65 por cento do mês anterior.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,54 por cento em abril BRCPI=ECI, acumulando em 12 meses alta de 4,10 por cento BRCPIY=ECI.

Inflação por categoria:

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abril março

– Alimentação e bebidas 0,71 0,05

– Habitação 0,48 0,57

– Artigos de residências 0,17 -0,27

– Vestuário 0,79 0,31

– Transportes 0,56 2,11

– Saúde e cuidados pessoais 1,49 0,82

– Despesas pessoas 0,18 0,38

– Educação 0,09 0,10

– Comunicação 0,08 0,50

– IPCA 0,61 0,71

Medicamentos e alimentação em alta

O principal motor da inflação em abril veio dos preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, segundo o IBGE. Só entre esses artigos, houve alta de 3,55% constatado no índice, um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação.

Tradicionalmente, no último dia de março, o governo federal autoriza o reajuste no setor, que impacta diretamente a inflação. Neste ano, os preços dos remédios em todo o país puderam ser reajustados em até 5,60% a partir do dia 31 de março. O limite do reajuste estabelecido pelo governo pode ser repassado pelas farmácias de uma vez ou ao longo do ano.

Além dos aumentos nas compras em farmácia, os preços nos planos de saúde também tiveram alta de 1,20%. “Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, diz André Almeida, analista do IBGE.

Outro ponto de pressão na inflação de abril foi o grupo de Alimentação e bebidas, que voltou a ganhar tração e acelerar. Em março, o setor havia colhido alta de 0,05%. No fechamento de abril, subiu a 0,71%.

Segundo o IBGE, a pressão veio da alimentação no domicílio, com altas de itens básicos de alimentação. É o caso do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). O grupo havia desacelerado consideravelmente em março, apresentado deflação de 0,14%. Agora, fechou com alta de 0,73%.