Maio de 2020 | -0,59% | |||
Abril de 2020 | -0,01% | |||
Maio de 2019 | 0,35% | |||
Acumulado no ano | 0,35% | |||
Acumulado em 12 meses | 1,96% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram deflação em maio. Os Transportes registraram a menor variação (-3,15%) e o impacto negativo mais intenso no índice do mês: -0,63 ponto percentual (p.p.). O grupo Habitação (-0,27%) também recuou, contribuindo com -0,04 p.p. No lado das altas, o destaque ficou mais uma vez com Alimentação e bebidas (0,46%), embora tenha havido desaceleração em relação a abril (2,46%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,20% em Vestuário e a alta de 0,45% em Artigos de residência.
IPCA-15 – Grupos – Variação e Impacto | ||||
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Abril | Maio | |
Índice Geral | -0,01 | -0,59 | -0,01 | -0,59 |
Alimentação e bebidas | 2,46 | 0,46 | 0,48 | 0,09 |
Habitação | 0,12 | -0,27 | 0,02 | -0,04 |
Artigos de residência | -3,19 | 0,45 | -0,12 | 0,02 |
Vestuário | 0,01 | -0,20 | 0,00 | -0,01 |
Transportes | -1,47 | -3,15 | -0,30 | -0,63 |
Saúde e cuidados pessoais | -0,32 | -0,13 | -0,04 | -0,02 |
Despesas pessoais | -0,28 | -0,09 | -0,03 | -0,01 |
Educação | -0,01 | 0,01 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,30 | 0,22 | -0,02 | 0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
A queda de 3,15% nos Transportes foi influenciada pelo resultado dos combustíveis, que recuaram 8,54% na comparação com o mês anterior. A gasolina (-8,51%) apresentou o maior impacto individual negativo no IPCA-15 de maio (-0,41 p.p.), mas a variação negativa mais intensa veio do etanol, com -10,40%. Adicionalmente, o óleo diesel (-5,50%) e o gás veicular (-1,21%) também registraram queda de preços.
Ainda em Transportes, as passagens aéreas, após subirem 14,83% em abril, tiveram queda de 27,08% em maio, contribuindo com -0,17 p.p. de impacto no índice do mês. Houve quedas em todas as áreas pesquisadas: desde -30,69% de Goiânia até -23,42% de Belém.
No grupo Habitação (-0,27%), a contribuição negativa mais intensa (-0,03 p.p.) veio da energia elétrica (-0,72%). Em maio, a bandeira tarifária verde (em que não há cobrança adicional na conta de luz) foi mantida pelo quarto mês consecutivo. As áreas variaram entre os -2,95% de Fortaleza e os 2,95% de Goiânia.
Outros dois itens em queda foram o gás de botijão (-1,09%) e o gás encanado (-0,36%), este último por conta da redução de 2,50% nas tarifas do Rio de Janeiro (-1,22%), vigente desde 1º de maio. Por fim, destaca-se a variação positiva em taxa de água e esgoto (0,04%), com o reajuste médio de 6,23% ocorrido em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,41%) em 21 de março.
Em Alimentação e bebidas (0,46%), houve desaceleração em relação ao mês anterior (2,46%), influenciada principalmente pelo comportamento dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 3,14% em abril para 0,60% em maio. A cebola registrou a maior alta, com 33,59% de variação e 0,04 p.p. de impacto. Outros itens de destaque foram a batata-inglesa (16,91%), o feijão-carioca (13,62%), o alho (5,22%) e o arroz (2,59%). Por outro lado, os preços da cenoura, que haviam apresentado alta de 31,67% no IPCA-15 de abril, caíram 6,41%. Além disso, as carnes (-1,33%) acentuaram a queda em relação ao mês anterior (-0,27%), contribuindo com -0,03 p.p. de impacto.
A alimentação fora do domicílio também desacelerou de abril (0,94%) para maio (0,13%), especialmente por conta do lanche (0,64%), cujos preços haviam subido 3,23% no mês anterior.
A segunda maior variação positiva do mês veio do grupo Artigos de residência (0,45%), com destaque para as altas dos itens tv, som e informática (2,81%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,89%). No lado das quedas, a contribuição mais negativa (-0,02 p.p.) veio dos itens de mobiliário (-1,82%), embora a queda em maio tenha sido menos intensa que a de abril (-4,00%).
Todas as 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em maio. O maior índice foi na região metropolitana de Fortaleza (-0,23%), principalmente com a alta de alguns itens alimentícios, como a cebola (43,87%) e as carnes (2,94%). Já o menor resultado foi na região metropolitana de Curitiba (-1,12%), com o recuo nos preços dos combustíveis (-10,86%), especialmente da gasolina (-10,35%), e das passagens aéreas (-24,48%).
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza | 3,88 | 0,02 | -0,23 | 1,58 | 3,00 |
Recife | 4,71 | 0,17 | -0,35 | 1,06 | 1,74 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,61 | -0,39 | 0,63 | 1,93 |
São Paulo | 33,45 | -0,05 | -0,52 | 0,58 | 2,44 |
Belém | 4,46 | -0,16 | -0,53 | 0,50 | 2,75 |
Salvador | 7,19 | 0,09 | -0,54 | 0,62 | 1,77 |
Brasília | 4,84 | -0,40 | -0,66 | -0,61 | 1,21 |
Porto Alegre | 8,61 | -0,04 | -0,69 | 0,04 | 1,35 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,00 | -0,70 | 0,46 | 2,07 |
Goiânia | 4,96 | -0,52 | -0,81 | -1,02 | 0,93 |
Curitiba | 8,09 | -0,21 | -1,12 | -0,70 | 1,25 |
Brasil | 100,00 | -0,01 | -0,59 | 0,35 | 1,96 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de abril e 14 de maio de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 17 de março a 14 de abril de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta e na abrangência geográfica. Fonte: IBGE.
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