A Coamo é capaz de atuar no mercado nacional e internacional em grandes volumes. A cada negócio tem condições de encher um navio de grande porte com a produção dos cooperados. Além disso, a cooperativa tem capacidade de desenvolver novos mercados. O diretor Comercial, Rogério Trannin de Mello, explica a situação ocorrida com o trigo, que não tinha liquidez e a comercialização era mais difícil, pois os compradores preferiam importar o cereal. Trannin recorda que no passado existiam reclamações quanto a qualidade do produto brasileiro. “Fomos entender onde estava o problema e tivemos que substituir algumas variedades que não davam o resultado esperado. Incentivamos as empresas para que desenvolvessem novas variedades que se adequassem as exigências do mercado”, frisa.
A qualidade melhorou, mas a reputação não, pois os compradores ainda falavam mal do trigo nacional, então, a cooperativa teve que buscar novos mercados. Os moinhos do Norte e do Nordeste sempre foram atendidos por trigo de fora, importados da Argentina, Estados Unidos e Canadá. “Enviamos amostras do nosso trigo, eles gostaram, mas como outros moinhos falavam mal do nosso produto no mercado, ficaram receosos quanto à qualidade. Então, decidiram levar um caminhão para testes em escala industrial, pois em planta piloto poderia não retratar a realidade”, conta o diretor da Coamo.
Segundo ele, quando o caminhão chegou não tinha como descarregar em função de que as moegas eram fechadas, pois os produtos só chegavam de navio. “Para descarregar o caminhão eles tiveram que quebrar a parede. Foi um esforço que deu certo. O fato ocorreu em outubro de 2014. Eles gostaram do nosso produto, que dava sim para fazer pão francês. Então, compraram um, dois, dez navios e fizeram elogios no Congresso Nacional da Indústria de Trigo em São Paulo. Com isso, a má imagem foi desfeita e o nosso trigo passou a ser reconhecido como de alta qualidade para panificação”, lembra.
Em 2015, a Coamo inaugurou um moderno moinho de trigo no seu parque industrial em Campo Mourão. Dois meses após entrar em funcionamento, toda a produção já estava vendida, pois a farinha é de ótima qualidade.
Fonte: Coamo