João Cordeiro de Andrade, de São João do Ivaí (Centro-Norte do Paraná), teve uma média de 150 sacas nos 60 alqueires de soja que cultiva em parceria com o irmão Júlio. “Esperávamos que a produtividade fosse menor. Mas, tivemos uma produção até boa devido a todos os problemas que enfrentamos nessa safra”, assinala.
A lavoura do cooperado, também, foi influenciada pela falta de chuva para o plantio e excesso de água durante o desenvolvimento das plantas. “Os trabalhos foram realizados conforme o clima contribuía. Apertou um pouco para fazer os tratos culturais, mas conseguimos entrar com as aplicações a tempo de evitar mais perdas”, diz.
A produtividade neste ano foi menor do que a registrada na safra passada, quando os irmãos colheram 200 sacas por alqueire. “Produzimos menos, mas por outro lado os preços compensam. Temos contratos para cumprir, mas ainda teremos soja para aproveitar os preços atuais”, destaca Andrade.
O engenheiro agrônomo, Victor Hugo Matias Cangussu de Moura, da Coamo em São João do Ivaí, reitera que a safra se desenvolveu em situação adversa. “As chuvas no mês de janeiro dificultaram o controle de doenças e a produtividade foi menor. Em compensação, os preços melhoraram bastante e isso está ajudando os cooperados.
Ele destaca que nenhuma safra é igual a outra e o cooperado deve estar sempre preparado para condições adversas. “É necessário que se faça um bom planejamento e manejos que possam melhorar a fertilidade do solo e minimizar os estresses pela falta de água ou ataques de doenças e pragas. O cooperado que tem essa preocupação, consegue um melhor resultado mesmo em situações adversas”, ressalta.
Fonte: Coamo