Com a Catedral Cristo Rei tomada por fiéis, o bispo da Diocese de Toledo, Dom João Carlos Seneme, dirigiu sua mensagem na abertura desta Quaresma. Ele salientou que as cinzas não são algo mágico ou um símbolo físico, mas um convite, como o profeta Joel recorda o que diz o Senhor: “Voltai para mim com todo o vosso coração”. “Neste gesto das cinzas, reconhecemos que precisamos de Deus”.
D. João sublinhou que a vivência da Quaresma se dá por, ao menos, três meios. O primeiro é a oração, onde fazemos nosso encontro com Deus. “Estabelecer um horário, um momento do nosso dia, para reconhecermos que somos filhos de Deus. A oração é esta relação do Pai com seus filhos. Não é dizer ‘muitas palavras’, mas sentir que o nosso coração se une ao coração de Deus”, afirma.
Outro meio de vivência da Quaresma é o relacionamento conosco mesmo, por meio do jejum. “Vamos aprender a privação. Assim seremos capazes de ver o irmão. O jejum ajuda a nos educar e nos afastar do que escraviza”, observa.

Por fim, a esmola (caridade), que é o sinal como nos relacionamos com o outro. “Assim praticamos a partilha do nosso tempo, da nossa vida, (…) dar-se de si mesmo aos outros e ir ao encontro. É um exercício que podemos fazer nesse período, um tempo favorável para a autorreflexão, arrependimento e conversão”, completou.
D. João Carlos Seneme finalizou destacando o tema da Campanha da Fraternidade (Fraternidade e Amizade Social), inspirado na Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, com o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). “A Campanha propõe um convite para que possamos nos ver como irmãos e irmãs, construindo a fraternidade, na vontade de Deus para que sejamos irmãos”, diz.