O Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Crânio Faciais (Ceapac) está realizando um mutirão de cirurgias plásticas de emergência, no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop). Sete crianças, de 10 meses a 1 ano e 8 meses, vão passar pelos procedimentos de queiloplastia (reconstrução dos lábios) e palatoplastia (reconstrução do palato) em caráter emergencial. “São procedimentos que precisam ser realizados na idade certa. A fissura de palato, por exemplo, precisa do procedimento antes dos dois anos de idade, já a queiloplastia é realizada até 6 meses de idade, e muitos de nossos pacientes estão no limite deste tempo”. São cirurgias necessárias para não comprometer a fala e a vida dessas crianças”, explica a enfermeira do Ceapac, Marcielle Cândido. Farão parte deste mutirão, cinco cirurgiões do Ceapac, além de um cirurgião do Centro de Atendimento Integral ao Fissurado lábio palatina, de Curitiba, Marco Aurélio Gamborgi.

Durante essa semana os pais receberam as orientações sobre a cirurgia e pós operatório. E o acompanhamento pós-cirúrgico é ainda mais intenso. “A criança é avaliada semanalmente por toda a equipe, principalmente por conta da dieta, que é bem específica. Ela também passa por atendimentos que auxiliam na cicatrização, como a massagem com a equipe da Fonoaudiologia, e a terapia de led e laser, feita pela equipe da Fisioterapia e Odontologia. Tudo para deixar a cicatrização o menos perceptível possível”, afirma Marcielle.

CEAPAC

O Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Crânio Faciais (Ceapac), fica anexo ao Huop, e atende em média 400 pacientes por mês. São mais de 1 mil pacientes de toda região cadastrados, e o acompanhamento não termina com o procedimento cirúrgico. “Não temos idade mínima ou máxima para o acompanhamento. Começa quando recém-nascido, com todo suporte para as cirurgias necessárias, e continuamos recebendo os pacientes até a vida adulta, para que recebam o acompanhamento de toda equipe, envolvendo também acompanhamento psicológico e com o Serviço Social, além de cirurgias complementares”, afirma Marcielle. “A avaliação de toda equipe multidisciplinar, desde os primeiros dias de vida é primordial para que esses pacientes se desenvolvam bem e não tenham implicações durante o desenvolvimento”, enfatiza.

Fonte: Unioeste